As investigações contra a líder opositora refletem a repressão crescente do regime de Maduro, que visa silenciar críticas.
23 de Novembro de 2024 às 05h41

Ditadura da Venezuela intensifica perseguição a opositores com novas acusações contra María Corina

As investigações contra a líder opositora refletem a repressão crescente do regime de Maduro, que visa silenciar críticas.

O Ministério Público da Venezuela anunciou, nesta sexta-feira (22), a abertura de novas investigações contra María Corina Machado, a principal figura da oposição no país, sob a acusação de traição à pátria, conspiração e associação criminosa. Essas medidas evidenciam a escalada da pressão sobre a opositora, que já denunciou a perseguição sistemática promovida pelo regime ditatorial de Nicolás Maduro.

María Corina, que vive na clandestinidade desde que denunciou a fraude nas eleições presidenciais de julho, foi impedida de participar do pleito e declarada inelegível por um Judiciário claramente cooptado pelo governo. Desde então, sua segurança tem sido uma preocupação constante, especialmente após o sequestro de dois membros de sua equipe, incluindo seu chefe de segurança, um episódio que ela denunciou publicamente no final de setembro.

A reeleição de Maduro, que segundo a ditadura teria ocorrido com 52% dos votos contra 43% de Edmundo González, é amplamente contestada tanto pela oposição quanto pela comunidade internacional. O regime, no entanto, se recusa a divulgar as atas eleitorais que poderiam comprovar a veracidade desse resultado, ignorando a pressão interna e externa por transparência.

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As recentes acusações contra María Corina não são um caso isolado, mas parte de uma estratégia mais ampla de repressão às vozes dissidentes na Venezuela. Desde o pleito, diversos aliados de Machado foram presos, e a líder opositora tem sido alvo constante de ameaças e intimidações, refletindo a insegurança que permeia o ambiente político do país.

A situação na Venezuela levanta preocupações sobre os direitos humanos e a liberdade de expressão. Observadores internacionais têm alertado que a repressão a opositores é um sinal claro de que o regime de Maduro busca silenciar qualquer forma de crítica e consolidar ainda mais seu controle autoritário sobre o país.

María Corina, conhecida por sua postura firme contra a corrupção e a injustiça, continua a ser uma voz ativa na luta pela democracia na Venezuela, mesmo diante de uma repressão crescente. Sua determinação em expor as fraudes eleitorais e a violação de direitos humanos pelo regime a torna um alvo prioritário nas ações de perseguição do ditador.

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