María Corina Machado será investigada por apoio a sanções econômicas dos EUA
O governo de Maduro inicia nova investigação contra a líder da oposição por apoiar sanções dos EUA, ampliando a perseguição política.
O regime de Nicolás Maduro na Venezuela declarou, na última sexta-feira, que iniciará uma investigação contra a líder da oposição, María Corina Machado. Esta ação visa responsabilizá-la por seu apoio a sanções econômicas impostas pelos Estados Unidos e outras nações ao governo venezuelano.
A investigação foi anunciada apenas quatro dias após o governo dos EUA reconhecer Edmundo González, candidato da oposição, como o 'presidente eleito' da Venezuela. A declaração do governo americano ocorreu em um momento de crescente tensão política no país, onde a legitimidade das eleições e a integridade do processo democrático têm sido amplamente questionadas.
María Corina Machado, conhecida por sua firme oposição a Maduro, manifestou apoio a um projeto de lei aprovado pela Câmara dos Deputados dos EUA. Este projeto visa proibir o governo americano de contratar qualquer empresa que mantenha negócios com o governo venezuelano. Em suas redes sociais, Machado descreveu a iniciativa como um "passo crucial para a responsabilização do regime de Maduro".
O Ministério Público da Venezuela, em um comunicado, alegou que os comentários de Machado constituem crimes de traição e conspiração com potências estrangeiras. A declaração do ministério sugere que a legislação americana é uma tentativa de ampliar as sanções contra a Venezuela, intensificando a repressão à oposição.
O anúncio da investigação ocorre em um contexto em que Maduro se recusa a apresentar provas que sustentem sua vitória nas eleições de julho, o que levanta dúvidas sobre a legitimidade de seu governo. O opositor Edmundo González, que já havia deixado o país para se exilar na Espanha, está sob risco de mandados de prisão relacionados a uma investigação sobre sua atuação política.
As ações contra Machado são vistas como parte de uma estratégia mais ampla do regime de Maduro de silenciar a oposição e consolidar seu controle sobre o país. Com o próximo mandato presidencial se aproximando, a situação política na Venezuela continua tensa e repleta de incertezas.
A repressão à oposição e as investigações que visam silenciar vozes críticas são preocupações constantes para a comunidade internacional, que observa com atenção os desdobramentos na Venezuela. A luta pela democracia e pelos direitos humanos permanece no centro do debate sobre o futuro do país sul-americano.
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