Ex-presidente nega envolvimento em plano de golpe de Estado após sua derrota nas eleições de 2022
25 de Novembro de 2024 às 21h36

"A palavra golpe nunca esteve no meu dicionário", afirma Bolsonaro após indiciamento

Ex-presidente nega envolvimento em plano de golpe de Estado após sua derrota nas eleições de 2022

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) declarou, nesta segunda-feira (25), que não tem conhecimento sobre qualquer suposto plano de golpe de Estado que envolva aliados e membros das Forças Armadas após sua derrota na eleição de 2022. Ele fez essas afirmações em coletiva de imprensa, onde reafirmou sua posição de que "a palavra golpe nunca esteve no meu dicionário".

Bolsonaro, que foi indiciado pela Polícia Federal (PF) junto a 36 pessoas, incluindo ex-ministros e integrantes do Exército, enfrenta acusações sérias, como golpe de Estado, organização criminosa e abolição violenta do Estado Democrático de Direito. O ex-presidente enfatizou que, desde que assumiu a presidência em 2019, sempre foi alvo de acusações relacionadas a tentativas de golpe.

"Golpe? Zero. Desde quando eu assumi, em 2019, eu vinha sendo acusado de querer dar um golpe", afirmou. Ele também mencionou que os áudios obtidos pela PF, que supostamente detalham um plano de golpe, o ofendem, e reiterou que nunca agiria fora das quatro linhas da Constituição.

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Bolsonaro disse: "Dá para você resolver os problemas do Brasil, seus problemas, inclusive, dentro da Constituição". Ele ressaltou que sempre buscou agir dentro da legalidade e que estudou as formas constitucionais para lidar com os desafios enfrentados pelo país.

Durante sua passagem pelo Aeroporto Internacional de Brasília, onde desembarcou à noite, o ex-presidente conversou com apoiadores e parlamentares do PL. Ele criticou a investigação, alegando que as acusações são infundadas e que não houve qualquer discussão sobre golpe em seu governo.

As investigações da PF incluem a mobilização de militares em frente a quartéis, que culminaram nas depredações ocorridas em 8 de janeiro de 2023. As autoridades estão apurando se houve uma tentativa de impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva em 2023, após sua vitória nas eleições.

O caso agora está nas mãos do Supremo Tribunal Federal (STF), que deverá encaminhar o inquérito ao Procurador-Geral da República (PGR). Ao final da coletiva, Bolsonaro expressou a esperança de que o novo procurador, Paulo Gonet, atuará de forma isenta na análise do caso.

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