Diogo Costa Cangerana, ex-chefe de segurança de Tarcísio, é acusado de lavagem de dinheiro para o crime organizado.
02 de Dezembro de 2024 às 12h50

Capitão da PM é afastado após prisão por suspeita de ligação com o PCC

Diogo Costa Cangerana, ex-chefe de segurança de Tarcísio, é acusado de lavagem de dinheiro para o crime organizado.

A Polícia Militar de São Paulo confirmou o afastamento do capitão Diogo Costa Cangerana, ex-chefe de segurança do governador Tarcísio de Freitas, após sua prisão pela Polícia Federal na Operação Tai-Pen. Cangerana é investigado por supostas ligações com o Primeiro Comando da Capital (PCC) e por integrar um esquema de lavagem de dinheiro que movimentou cerca de R$ 6 bilhões nos últimos cinco anos.

As investigações apontam que o capitão teria facilitado a abertura de contas para a lavagem de dinheiro proveniente do tráfico de drogas. A operação, desencadeada em 26 de setembro, resultou na prisão de 16 pessoas e na apreensão de R$ 311 mil em dinheiro em um escritório de fintech na Avenida Paulista.

Com mais de 12 anos de carreira na Casa Militar, Cangerana atuou como chefe da Divisão de Segurança de Dignitários até setembro deste ano, quando foi transferido para o 13º Batalhão da PM, que atua na região central da capital paulista.

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Durante seu tempo como responsável pela segurança do governador, ele acompanhou Tarcísio em diversas agendas, incluindo compromissos internacionais e reuniões com ministros em Brasília. O governador se manifestou sobre a situação, afirmando que se as acusações forem comprovadas, a conduta de Cangerana será severamente punida. Tarcísio classificou o caso como um “ato isolado” dentro da corporação, ressaltando que “toda instituição tem suas maçãs podres” e que estas devem ser removidas.

A Operação Tai-Pen visa desarticular um esquema complexo que, segundo a Polícia Federal, utilizava fintechs para operações financeiras ilícitas em diversos países, incluindo os Estados Unidos e a China. Os acusados enfrentam sérias acusações, como crimes contra o sistema financeiro e organização criminosa.

A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo informou que a Corregedoria da PM está apurando a conduta do capitão e acompanhando os desdobramentos da investigação. Além disso, outros policiais e civis também estão sendo investigados por suas ligações com o esquema criminoso.

O caso levanta questões sobre a segurança pública e a possível infiltração de organizações criminosas nas estruturas de poder, um tema que continua a gerar preocupações e debates na sociedade.

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