Baldvin Oddson, da loja online Musicians Club, desligou 99 de 110 colaboradores por mensagem.
02 de Dezembro de 2024 às 16h30

CEO demite 90% da equipe após faltas a reunião matinal nos EUA

Baldvin Oddson, da loja online Musicians Club, desligou 99 de 110 colaboradores por mensagem.

Baldvin Oddson, CEO da loja online de instrumentos musicais Musicians Club, localizada em Wyoming, nos Estados Unidos, gerou polêmica ao demitir 90% de sua equipe. A decisão, que afetou 99 dos 110 colaboradores e freelancers, foi comunicada via mensagem no Slack, após a maioria dos funcionários faltar a uma reunião matinal obrigatória, marcada para às 8h30 da manhã do dia 15 de novembro.

Um ex-funcionário, que estava em um estágio na empresa, relatou em uma postagem no fórum Reddit que, ao ingressar, uma hora depois toda a equipe foi desligada. Ele descreveu a situação como surpreendente e angustiante.

No comunicado, Oddson foi enfático: “Para aqueles que não compareceram à reunião esta manhã, considerem este seu aviso oficial: todos vocês estão demitidos. Vocês não cumpriram sua parte do contrato ao não comparecerem às reuniões que deveriam.” O CEO ainda instruiu os demitidos a se desconectarem de todas as contas corporativas e a devolverem qualquer propriedade da empresa.

Oddson argumentou que a ausência na reunião violou as obrigações contratuais, ressaltando que apenas 11 pessoas compareceram. Essas foram as únicas que tiveram autorização para permanecer na empresa. A maioria dos dispensados eram trabalhadores remotos e não remunerados, muitos dos quais eram estudantes de música clássica em busca de experiência profissional.

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O ex-estagiário que compartilhou sua experiência também comentou que a empresa, que opera como uma startup enxuta, depende de estagiários dispostos a trabalhar de graça. Isso levanta questões sobre a eficácia e a motivação dos colaboradores que não recebem compensação financeira.

Oddson defendeu sua decisão em uma postagem no LinkedIn, afirmando que a empresa se tornou mais forte após as demissões. Ele mencionou que o tráfego e as vendas aumentaram, apesar das críticas que recebeu. “Demitir essas pessoas foi a decisão certa para nossa organização e estamos mais fortes do que nunca”, afirmou.

A situação gerou um intenso debate sobre as práticas de gestão e a relação entre empregadores e funcionários, especialmente em um ambiente de trabalho remoto. A falta de comunicação e a imprecisão nas regras de comparecimento foram apontadas como fatores que contribuíram para o descontentamento da equipe.

Oddson, que também leciona trompete na renomada Juilliard School em Nova York, não se mostrou arrependido e afirmou que a decisão foi uma oportunidade para que a empresa se reestruturasse e se tornasse mais eficiente.

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