IBGE eleva previsão de crescimento do PIB para 2023, de 2,9% para 3,2%
Instituto também ajusta estimativas de crescimento para o início de 2024, apresentando resultados mais robustos.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revisou suas previsões de crescimento da economia brasileira para 2023, passando de uma alta de 2,9% para 3,2%. Essa revisão reflete uma análise mais otimista sobre a performance do Produto Interno Bruto (PIB) do país no último ano.
A alteração nas estimativas foi impulsionada, em grande parte, por uma melhora significativa no desempenho do setor de serviços. Inicialmente, o IBGE projetou um crescimento de 2,4% para esse segmento, mas agora revisou essa previsão para 2,8%, resultando em uma diferença de 0,4 ponto percentual. Este setor, que representa mais de 70% do PIB, é crucial para a economia nacional.
Além disso, o crescimento da agropecuária também foi revisado para cima, passando de 15,1% para 16,3%. No setor industrial, a modificação foi mais sutil, com a taxa de crescimento ajustada de 1,6% para 1,7%.
As revisões não se limitam a 2023. O IBGE também apresentou novos dados para o início de 2024, onde o crescimento do PIB nos primeiros três meses do ano foi elevado de 2,5% para 2,6%. Para o segundo trimestre de 2024, a taxa de crescimento permanece em 3,3%, sem alterações.
Essas revisões são comuns no Brasil e ocorrem frequentemente em órgãos de estatística ao redor do mundo. A maior parte dos ajustes significativos costuma ser divulgada após a publicação do PIB do terceiro trimestre, período em que o IBGE realiza correções para os dados do ano anterior.
Rebeca Palis, coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, destacou a importância da atualização das fontes de dados. Segundo ela, “na agropecuária, a diferença entre o resultado revisto e o original pode ser explicada, em grande parte, pela incorporação de novas fontes estruturais anuais do IBGE que não estavam disponíveis na compilação anterior, como a Produção Agrícola Municipal e a Produção da Pecuária Municipal”.
Essas revisões são um indicativo de que a economia brasileira pode estar se recuperando de maneira mais robusta do que se esperava, refletindo um cenário de otimismo para os próximos meses.
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