Milhares de sul-coreanos se mobilizam contra o governo e pedem impeachment de Yoon Suk Yeol.
04 de Dezembro de 2024 às 02h03

Protestos em Seul exigem renúncia do presidente após revogação da lei marcial

Milhares de sul-coreanos se mobilizam contra o governo e pedem impeachment de Yoon Suk Yeol.

Milhares de manifestantes se reuniram em Seul nesta quarta-feira, 4, para exigir a renúncia do presidente Yoon Suk Yeol, após a revogação da lei marcial que ele havia declarado na noite anterior. A medida foi rapidamente suspensa pelo Parlamento, que a considerou inválida.

Os protestos começaram por volta das 13h, horário de Brasília, com centenas de pessoas se concentrando nas imediações da Assembleia Nacional. Os manifestantes gritavam palavras de ordem como “Detenham Yoon Suk Yeol!” e exibiam cartazes pedindo o impeachment do presidente, que enfrenta forte oposição política.

Na terça-feira à noite, Yoon Suk Yeol, que se encontra sob crescente pressão da oposição, declarou a lei marcial em um esforço para controlar o que ele chamou de forças “antiestado”. No entanto, a resposta do Parlamento foi rápida, com uma votação que resultou na rejeição da medida, reafirmando o compromisso dos legisladores em proteger a democracia.

Os confrontos entre manifestantes e tropas ocorreram durante a madrugada, quando soldados tentaram impedir o acesso ao prédio da Assembleia Nacional. Apesar da tensão, relatos iniciais não indicaram feridos graves, embora a situação tenha sido marcada por momentos de caos, com algumas janelas quebradas durante os tumultos.

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A Confederação Coreana de Sindicatos, um dos principais grupos trabalhistas do país, anunciou uma “greve geral indefinida” até que Yoon renuncie. O sindicato, que representa mais de um milhão de trabalhadores, convocou seus membros para se reunirem no centro de Seul para protestar contra o governo.

Park Chan-dae, líder do Partido Democrata, criticou a ação do presidente, afirmando que “Yoon Suk Yeol não pode evitar a acusação de traição” por sua declaração de lei marcial e reiterou o pedido pela sua renúncia imediata.

Os protestos refletem um descontentamento crescente entre a população sul-coreana, que acusa o presidente de abusar de seu poder. Jang Kyung-jin, um corretor imobiliário de 60 anos, expressou sua indignação, afirmando: “O presidente de um país exerceu seu poder pela força, e seu povo saiu para protestar contra isso. Temos que removê-lo do poder a partir deste ponto.”

Enquanto a situação política em Seul continua a se deteriorar, a pressão sobre o governo de Yoon Suk Yeol parece aumentar, com manifestações programadas para os próximos dias, prometendo intensificar a luta por mudanças no comando do país.

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