Polícia Civil realiza ação em paralelo à investigação do assassinato da secretária-executiva da entidade, Claudia Lobo.
04 de Dezembro de 2024 às 09h11

Operação contra desvios na Apae de Bauru resulta em prisões de oito suspeitos

Polícia Civil realiza ação em paralelo à investigação do assassinato da secretária-executiva da entidade, Claudia Lobo.

A Polícia Civil de Bauru (SP) deflagrou uma operação nesta terça-feira (3) que resultou na prisão de oito pessoas, suspeitas de envolvimento em um esquema de desvio de recursos na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae). Essa ação ocorre em um contexto delicado, já que investigações paralelas apuram o assassinato da secretária-executiva da entidade, Claudia Regina da Rocha Lobo, desaparecida desde o dia 6 de agosto.

Entre os detidos estão familiares de Claudia, incluindo sua filha, irmã, cunhado e ex-marido, todos acusados de participação nas fraudes que teriam desviado recursos da instituição. O ex-presidente da Apae, Roberto Franceschetti Filho, já preso desde agosto sob suspeita de ter assassinado Claudia, também é um dos principais alvos da operação.

Os mandados de prisão foram cumpridos em diferentes cidades da região, incluindo Bauru, Agudos, Igaraçu do Tietê e Pederneiras. Além das prisões, a polícia apreendeu diversos bens, como veículos, joias e dinheiro, além de armas não registradas encontradas na posse de um ex-policial militar que trabalhava como segurança da Apae.

“As investigações revelam que os suspeitos operavam como uma organização criminosa, desviando valores da Apae ao longo de anos. A quantia exata dos desvios ainda está sendo apurada”, comentou o delegado Gláucio Stocco, responsável pela investigação.

Os detidos estão sendo investigados por crimes de peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa e foram presos temporariamente por cinco dias, prazo que pode ser prorrogado. A polícia estima que os desvios possam ter gerado prejuízos milionários à instituição, mas a quantia total ainda não foi divulgada.

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Em nota, a Apae de Bauru informou que já está realizando uma auditoria contábil e financeira e que está colaborando com as investigações. A entidade reafirmou seu compromisso em continuar oferecendo serviços de assistência social, educação e saúde aos seus usuários durante esse período conturbado.

As investigações sobre o desaparecimento e suposto assassinato de Claudia Lobo também avançam. De acordo com a polícia, há indícios de que ela foi assassinada por Roberto Franceschetti Filho, que, após o crime, teria acionado um funcionário da Apae para ajudar a ocultar o corpo. O caso continua sob investigação e os desdobramentos podem resultar em novas prisões.

As repercussões da operação e das investigações em andamento têm gerado grande comoção na comunidade local, que acompanha atentamente os desdobramentos desse caso, que envolve questões de corrupção e violência dentro de uma instituição que deveria ser um pilar de apoio à sociedade.

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