Decisão do Tribunal de Justiça libera suspeitos detidos no último sábado em São Paulo
08 de Dezembro de 2024 às 18h22

Justiça considera ilegais prisões relacionadas a execução no Aeroporto Internacional de Guarulhos

Decisão do Tribunal de Justiça libera suspeitos detidos no último sábado em São Paulo

A Justiça de São Paulo declarou ilegais as prisões de Allan Pereira Soares e Marcos Henrique Soares, detidos pela Polícia Civil no último sábado (7). Ambos foram liberados após audiência de custódia, conforme anunciou o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP).

Em nota, o TJSP informou que “a prisão em flagrante foi relaxada por ilegalidade, com pedido neste sentido da representante do Ministério Público”. Allan e Marcos eram suspeitos de estarem envolvidos na execução do delator Vinícius Lopes Gritzbach, assassinado em 8 de novembro no Aeroporto Internacional de Guarulhos.

A ação que resultou na morte de Gritzbach também vitimou um motorista de aplicativo que estava no local. De acordo com a Secretaria da Segurança Pública (SSP), os dois homens foram presos por porte ilegal de arma, e não por homicídio, que está sob investigação.

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O TJSP detalhou que a prisão ocorreu “por supostamente praticarem o crime do Artigo 16 da Lei nº 10826/2003”, que proíbe a posse de armamento sem autorização legal. Ao todo, três pessoas foram detidas no sábado, e o terceiro suspeito passará por audiência de custódia para avaliar a legalidade de sua prisão.

Após a detenção, os suspeitos foram encaminhados ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), onde prestaram depoimentos. A SSP informou que “houve a apreensão de munições e aparelhos de celular, que serão periciados. As investigações seguem sob sigilo”.

O assassinato de Vinícius Lopes Gritzbach é cercado de mistério. Em março de 2024, ele fez um acordo de delação premiada com o Ministério Público de São Paulo. Embora o conteúdo da delação seja sigiloso, no mês passado, o MP encaminhou à Corregedoria da Polícia trechos do documento em que Gritzbach denunciava policiais civis por extorsão. O delator foi ouvido na Corregedoria em 31 de outubro, apenas oito dias antes de sua morte.

Além disso, Gritzbach também teria delatado um esquema de lavagem de dinheiro vinculado ao grupo criminoso Primeiro Comando da Capital (PCC).

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