Transferência de militares presos no Rio para Brasília ocorre nesta quinta-feira
General Mário Fernandes e tenente-coronel Rodrigo Bezerra seguem detidos por suposto plano golpista contra Lula em 2022.
Nesta quinta-feira, dia 5 de dezembro, o Exército realizará a transferência do general de brigada Mário Fernandes e do tenente-coronel Rodrigo Bezerra de Azevedo do Rio de Janeiro para Brasília. Ambos estão presos desde o último dia 19 de novembro, acusados de envolvimento em um suposto plano de assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de seu vice, Geraldo Alckmin, e do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
A transferência, que ocorrerá por meio de voos da Força Aérea Brasileira (FAB), foi autorizada pelo STF e visa garantir a segurança e a logística do deslocamento dos militares. Mário Fernandes embarcará pela manhã e deve chegar à capital federal às 11h25, enquanto Rodrigo Bezerra está previsto para desembarcar às 16h50. Ambos serão encaminhados ao Batalhão de Polícia do Exército de Brasília (BPEB).
De acordo com informações do Exército, a opção por transporte aéreo foi decidida em razão da distância entre as duas cidades, que é de aproximadamente 1,2 mil quilômetros. Inicialmente, havia a possibilidade de que a transferência ocorresse por via terrestre, mas essa alternativa foi descartada devido a complicações logísticas.
O general Mário Fernandes, que já foi identificado como um dos principais articuladores de um plano denominado “Punhal Verde e Amarelo”, é acusado de liderar a trama que visava não apenas a eliminação de figuras políticas, mas também a desestabilização do governo eleito após as eleições de 2022. Fernandes teria utilizado meios de comunicação sigilosos para coordenar ações que buscavam a criação de narrativas para deslegitimar o novo governo.
Por sua vez, o tenente-coronel Rodrigo Bezerra, que servia no Comando de Operações Especiais do Exército, também é suspeito de ter participado das discussões e planejamentos que culminaram na tentativa de golpe. A Polícia Federal está investigando a fundo as comunicações entre os envolvidos, que teriam utilizado codinomes para discutir suas ações.
A transferência dos militares ocorre em um momento de crescente tensão política no Brasil, onde a segurança pública e a defesa da democracia têm sido temas recorrentes nas discussões públicas. O Exército, em nota, reafirmou que está cumprindo as determinações judiciais e não se manifestará sobre os processos em curso.
Com a movimentação dos dois militares, o cenário de investigações sobre tentativas de desestabilização do governo e ações golpistas continua a ser monitorado pelas autoridades, que buscam garantir a ordem e a legalidade no país.
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