Tenente-coronel Hélio Ferreira Lima, detido no Rio, ficará em unidade militar na capital federal.
04 de Dezembro de 2024 às 22h47

Moraes determina transferência de militar preso por suposto golpe para Brasília

Tenente-coronel Hélio Ferreira Lima, detido no Rio, ficará em unidade militar na capital federal.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a transferência do tenente-coronel Hélio Ferreira Lima para Brasília. Lima está preso desde 19 de novembro, acusado de envolvimento em uma suposta trama golpista que visava assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e Moraes, então presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

A decisão de Moraes, proferida na quarta-feira (4), levou em consideração a proximidade da residência dos filhos do militar em Brasília, o que tornou a mudança “razoável”. O tenente-coronel ficará detido no Comando Militar do Planalto, onde poderá receber visitas de familiares e advogados, desde que estas sejam previamente autorizadas.

Hélio Ferreira Lima é um dos chamados “kids pretos”, integrantes das Forças Especiais do Exército, que foram presos durante a Operação Contragolpe, da Polícia Federal. Essa operação investiga um suposto plano de golpe de Estado que teria sido arquitetado em 2022, com o objetivo de impedir a posse do governo eleito nas eleições daquele ano.

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Na mesma operação, outros militares também foram detidos, incluindo o general da reserva Mario Fernandes e o tenente-coronel Rodrigo Bezerra de Azevedo. Todos eles são investigados por supostamente planejarem ações violentas que buscavam desestabilizar o governo recém-eleito.

As investigações indicam que o grupo teria realizado um planejamento detalhado, que incluía um esquema operacional denominado “Punhal Verde e Amarelo”, previsto para ser executado no dia 15 de dezembro de 2022. Este plano visava, entre outras coisas, executar os presidentes eleitos e restringir o exercício do Poder Judiciário.

A Polícia Federal destacou que o conhecimento técnico-militar dos envolvidos foi fundamental para a elaboração das estratégias criminosas, que foram planejadas entre novembro e dezembro de 2022, período em que o clima político no Brasil estava extremamente polarizado.

Com a transferência de Lima, o STF reforça seu papel na supervisão de casos relacionados a tentativas de desestabilização do governo, ao mesmo tempo em que garante que os direitos do preso sejam respeitados. A situação de Hélio Ferreira Lima continua em análise, e novas decisões podem ser tomadas conforme o andamento das investigações.

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