A emissora terá que pagar após exibição indevida de dados pessoais em brincadeira no 'Mais Você'; recurso é possível.
05 de Dezembro de 2024 às 14h29

Globo é condenada a indenizar ex-funcionária em R$ 20 mil por incidente no programa de Ana Maria

A emissora terá que pagar após exibição indevida de dados pessoais em brincadeira no 'Mais Você'; recurso é possível.

A Rede Globo foi condenada a pagar uma indenização de R$ 20 mil a uma ex-funcionária em decorrência de uma situação ocorrida durante o programa Mais Você, apresentado por Ana Maria Braga. A decisão foi proferida na última terça-feira, 3, e a emissora confirmou que ainda há a possibilidade de um recurso.

Segundo informações obtidas, a ex-funcionária processou a Globo após a exibição não autorizada de dados de seu passaporte durante uma brincadeira no programa. O incidente aconteceu quando Ana Maria apresentou um “passaporte” fictício do mascote Louro Mané, mencionando que ele faria uma viagem a Dubai.

A mulher, que anteriormente trabalhou como produtora do programa, tomou conhecimento da situação através de uma testemunha que a alertou sobre a exibição. Ela não assistiu ao programa no momento da transmissão e ficou surpresa ao ver seus dados pessoais circulando nas redes sociais após a brincadeira viralizar.

- CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE -

No processo judicial, a Globo argumentou que não houve uso indevido de imagem ou dados pessoais. A emissora sustentou que a representação foi claramente identificada como cenográfica e que a ex-funcionária não apresentou um passaporte real para comprovar a alegação de uso indevido.

Além da indenização, a ex-funcionária solicitou a remoção do vídeo do incidente do Globoplay. O juiz André Augusto Salvador Bezerra, do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), concedeu o pedido, impondo à emissora uma multa diária de R$ 1 mil em caso de descumprimento.

A Globo, em sua defesa, afirmou que a imagem foi retirada de todas as plataformas e negou que a situação tenha causado ofensa ou violação da liberdade de expressão. A emissora argumentou ainda que não havia necessidade de indenização, uma vez que não houve caráter ofensivo na exibição.

O caso levanta questões sobre a proteção de dados pessoais e os limites da liberdade de expressão na televisão brasileira, refletindo a crescente preocupação com a privacidade dos indivíduos em um ambiente midiático.

Veja também:

Tópicos: