Saques na caderneta de poupança atingem R$ 2,931 bilhões em novembro, diz BC

O Banco Central divulgou que a caderneta de poupança registrou saques líquidos de R$ 2,931 bilhões em novembro, marcando o oitavo mês consecutivo de retiradas. Este cenário reflete uma tendência preocupante, onde os brasileiros estão sacando suas economias, o que pode sinalizar uma busca por liquidez em um momento de incertezas econômicas.

No acumulado de 2023, as retiradas líquidas na poupança somam R$ 20,426 bilhões. Em contraste, apenas três meses do ano, março, maio e junho, apresentaram entradas de depósitos na caderneta. Em outubro, as retiradas já haviam superado os depósitos em R$ 6,256 bilhões, evidenciando uma crescente desconfiança dos poupadores.

Apesar do fluxo negativo, o saldo total da poupança se manteve em R$ 1,021 trilhão em novembro, um aumento em relação aos R$ 1,019 trilhão de outubro. Este é o sexto mês consecutivo que o saldo supera a marca de R$ 1 trilhão, o que indica que, embora os saques sejam elevados, a rentabilidade da caderneta tem ajudado a sustentar os valores depositados.

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Em novembro, os depósitos na caderneta totalizaram R$ 340,490 bilhões, enquanto os saques atingiram R$ 343,421 bilhões. O rendimento da poupança, que foi de R$ 5,631 bilhões, compensou a diferença, permitindo que o saldo total se mantivesse estável.

A rentabilidade da caderneta de poupança é calculada pela taxa referencial (TR) mais uma remuneração fixa de 0,5% ao mês, enquanto a taxa Selic, atualmente em 11,25% ao ano, permanece acima de 8,5% ao ano. Essa estrutura de rendimento é um dos fatores que tem mantido a caderneta como uma opção popular de investimento, apesar das retiradas significativas.

Os dados revelam um comportamento cauteloso dos poupadores, que buscam acessar suas economias em tempos de incerteza econômica. A tendência de saques pode indicar uma maior necessidade de liquidez, refletindo desafios financeiros enfrentados por muitos brasileiros.