O ex-presidente Jair Bolsonaro declarou que ele é o plano A, B e C para a próxima disputa presidencial, enquanto não falecer.
06 de Dezembro de 2024 às 12h34

Bolsonaro afirma ser o único plano para as eleições de 2026 e descarta substitutos

O ex-presidente Jair Bolsonaro declarou que ele é o plano A, B e C para a próxima disputa presidencial, enquanto não falecer.

Na manhã desta sexta-feira, 6, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) reafirmou sua disposição para as eleições de 2026, declarando que ele é “o plano A, B e C” para a disputa. Em entrevista à Rádio Gaúcha, Bolsonaro descartou a possibilidade de escolher um substituto, afirmando que “enquanto eu não morrer, sou eu mesmo”.

O ex-chefe do Executivo, que atualmente enfrenta uma situação de inelegibilidade até 2030, devido a condenações proferidas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), enfatizou que não cogitará outro nome para a corrida presidencial. “A não ser depois da minha morte física ou política em definitivo que eu vou pensar em possível num nome”, afirmou.

A possibilidade de uma nova candidatura de Bolsonaro em 2026 é considerada improvável. Ele foi condenado em três ocasiões, e duas dessas penas de inelegibilidade ainda estão em vigor. A primeira condenação ocorreu em junho de 2023, por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação, referente a uma reunião com embaixadores onde criticou, sem apresentar provas, as urnas eletrônicas e o sistema eleitoral brasileiro.

- CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE -

Três meses após essa decisão, em outubro do mesmo ano, Bolsonaro foi novamente condenado por abuso de poder político durante as comemorações do Dia da Independência em 2022, quando usou a data cívica para fazer campanha. Essa sequência de condenações levanta dúvidas sobre sua viabilidade política nas próximas eleições.

Apesar das dificuldades legais, Bolsonaro ainda se posiciona como uma opção viável para o próximo pleito, contando com a possibilidade de uma anistia que o permita retornar à disputa por cargos eletivos. Atualmente, tramita na Câmara dos Deputados um projeto de lei que anistia os presos durante os atos golpistas de 8 de janeiro, mas sua aprovação encontra obstáculos, como a necessidade de criação de uma comissão especial e a resistência em função de eventos recentes, como o atentado à sede do Supremo Tribunal Federal (STF). A aprovação dessa medida poderia beneficiar Bolsonaro, embora atualmente não o inclua diretamente.

Além disso, a situação política do país e as investigações em andamento sobre tentativas de golpe de Estado após as eleições de 2022 complicam ainda mais o cenário para o ex-presidente e seus apoiadores.

Veja também:

Tópicos: