O deputado federal Eduardo Bolsonaro afirmou que seu pai, Jair Bolsonaro, é o 'plano A' do PL para a eleição de 2026, mas ele se coloca como alternativa.
05 de Dezembro de 2024 às 11h59

Eduardo Bolsonaro se posiciona como 'plano B' para 2026, reforçando apoio ao pai

O deputado federal Eduardo Bolsonaro afirmou que seu pai, Jair Bolsonaro, é o 'plano A' do PL para a eleição de 2026, mas ele se coloca como alternativa.

Na quarta-feira, 4, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) participou da Conferência de Ação Política Conservadora (CPAC) na Argentina, onde fez declarações sobre sua possível candidatura nas eleições presidenciais de 2026. Ele afirmou que seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, permanece como o “plano A” do Partido Liberal (PL), enquanto ele próprio se coloca à disposição como o “plano B” para a disputa.

Eduardo, conhecido como “03” entre os apoiadores do ex-presidente, destacou que, apesar de suas declarações, não se considera um pré-candidato ao Palácio do Planalto. A CPAC é um fórum de líderes conservadores que já teve edições no Brasil, e a presença de Eduardo reforça sua ligação com o movimento.

O ex-presidente Jair Bolsonaro, que está inelegível até 2030 devido a decisões do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), foi condenado em três ocasiões. Duas dessas condenações resultaram em inelegibilidade, enquanto uma terceira foi revogada. A primeira condenação ocorreu em junho de 2023, relacionada a abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação durante uma reunião com embaixadores, onde fez alegações sem provas sobre as urnas eletrônicas e o sistema eleitoral brasileiro.

Apesar das restrições, o ex-presidente continua a se apresentar como uma opção viável para a próxima eleição, contando com a possibilidade de uma anistia para retomar sua elegibilidade. Atualmente, tramita no Congresso um projeto de lei que busca anistiar os envolvidos nos atos de 8 de janeiro, embora a discussão esteja congelada, aguardando a formação de uma comissão especial.

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As chances de aprovação do projeto de anistia foram afetadas por eventos recentes, incluindo um atentado a bomba contra o Supremo Tribunal Federal (STF) e a conclusão de um inquérito da Polícia Federal sobre tentativas de golpe após as eleições de 2022. O ex-presidente também tem feito apelos diretos ao STF, pedindo por uma medida de perdão que, segundo ele, ajudaria a “pacificar” o país.

Além das condenações eleitorais, Jair Bolsonaro enfrenta indiciamentos na esfera criminal, que podem torná-lo inelegível conforme a Lei da Ficha Limpa. Ele acumula três indiciamentos por fraudes em seu cartão de vacinas, pelo caso das joias e pela tentativa de golpe de Estado, na qual é considerado líder da conspiração.

Enquanto isso, Eduardo Bolsonaro se posiciona como uma alternativa ao ex-presidente, desafiando a posição de seu irmão, Flávio Bolsonaro (PL-RJ), que afirmou que “o plano A é Jair Bolsonaro e o plano B é o plano A”. Eduardo também diverge do presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, que indicou o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), como a principal opção para a candidatura presidencial.

Valdemar, em entrevista, expressou otimismo quanto à possibilidade de Jair Bolsonaro ser candidato, mesmo diante das dificuldades legais. Ele mencionou que o PL está se preparando para apoiar Bolsonaro, caso a anistia avance. Eduardo, por sua vez, foi “lançado” como candidato ao Senado em junho, indicando que sua trajetória política está em ascensão.

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