Durante evento na Argentina, deputado reafirma que Jair Bolsonaro é a principal opção da direita
05 de Dezembro de 2024 às 10h24

Eduardo Bolsonaro se apresenta como plano B para a presidência em 2026

Durante evento na Argentina, deputado reafirma que Jair Bolsonaro é a principal opção da direita

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) se posicionou, nesta quarta-feira (4), como uma alternativa, ou ‘plano B’, para as eleições presidenciais de 2026. Durante sua participação na Conferência Conservadora de Ação Política (CPAC), realizada em Buenos Aires, ele enfatizou que o ‘plano A’ continua sendo seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, que atualmente enfrenta inelegibilidade determinada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Eduardo declarou: “O plano A é [Jair] Bolsonaro, posso ser o plano B”. Apesar de sua autoproclamação, o parlamentar foi claro ao afirmar que não será candidato no próximo pleito presidencial. A afirmação ocorre em meio a discussões sobre a possibilidade de reversão da inelegibilidade do ex-presidente, que é considerada a principal estratégia da família Bolsonaro para a próxima disputa pelo Palácio do Planalto.

Além de Eduardo, outros nomes da família, como a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e seus irmãos, Flávio e Carlos, têm sido cogitados como potenciais alternativas para a candidatura em 2026. Valdemar Costa Neto, presidente do PL, reforçou a possibilidade de Eduardo como candidato durante uma recente entrevista, destacando que, embora Tarcísio de Freitas, atual governador de São Paulo, seja o “primeiro da fila”, Eduardo também é uma opção viável.

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Durante sua fala na CPAC, Eduardo Bolsonaro criticou a inelegibilidade de seu pai, e fez uma defesa enfática da ideologia conservadora. Ele apresentou um vídeo que mostrava Jair Bolsonaro interagindo com uma baleia enquanto pilotava um jet ski, questionando: “Merece cadeia por isso?”, ao que a plateia respondeu em uníssono com um “não”. “O que é isso?”, indagou o deputado, ao que os presentes responderam: “Ditadura”.

Eduardo também se manifestou sobre a prisão de pessoas envolvidas nos eventos de 8 de janeiro, afirmando que “eram brasileiros indo defender a verdade de modo pacífico”, recebendo aplausos e gritos de “liberdade” e “anistia” do público.

O ex-presidente Jair Bolsonaro, que participou do evento por vídeo, negou ter cogitado um golpe e voltou a criticar o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. Ele aproveitou a oportunidade para solicitar a devolução de seu passaporte, alegando a necessidade de viajar para a posse do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump.

No evento, Eduardo Bolsonaro foi cercado por jovens apoiadores do candidato argentino Javier Milei, que estavam vestidos com trajes formais e bonés com a frase “Make Argentina Great Again”. Alguns deles aproveitaram a oportunidade para pedir ajuda para familiares ou amigos brasileiros que estão presos na Argentina, conforme solicitado pela Justiça brasileira.

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