Edgardo Kueider foi detido no Paraguai e transferido para Assunção, onde cumpre prisão domiciliar em apartamento de luxo.
06 de Dezembro de 2024 às 14h59

Senador argentino em prisão domiciliar após ser flagrado com 211 mil dólares não declarados

Edgardo Kueider foi detido no Paraguai e transferido para Assunção, onde cumpre prisão domiciliar em apartamento de luxo.

O senador argentino Edgardo Darío Kueider, detido na última quarta-feira no Paraguai, foi transferido para Assunção, onde cumpre prisão domiciliar após ser flagrado com 211 mil dólares (aproximadamente 1,2 milhão de reais) não declarados. Kueider e sua secretária, Iara Magdalena Guinsel Costa, foram detidos na Ponte da Amizade, em Ciudad del Este, enquanto tentavam entrar no país com a quantia em um veículo.

Na quinta-feira, um juiz paraguaio concedeu medidas alternativas à prisão preventiva, determinando que ambos deveriam cumprir a detenção em um apartamento de luxo em Assunção, conhecido como Tierra Alta, que oferece diversas comodidades, incluindo piscina e academia. O juiz também impôs uma fiança de 150 mil dólares (cerca de 904 mil reais) para cada um, além de proibi-los de deixar o Paraguai.

As autoridades do Ministério Público alegaram que a intenção dos réus seria ocultar a quantia em dinheiro, evitando a declaração adequada que seria exigida em transações legais. O senador afirmou que o dinheiro pertencia a Guinsel, que se apresentou como procuradora de uma empresa paraguaia.

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Após a detenção, Kueider se manifestou, declarando que estava satisfeito em permanecer no Paraguai até que os fatos fossem esclarecidos. “Fizemos as declarações pertinentes e estamos à disposição do sistema judiciário para que tome as medidas que julgar adequadas”, afirmou em breves declarações à imprensa.

O caso gerou grande repercussão e levantou questionamentos sobre a segurança nas fronteiras do Paraguai, onde, segundo fontes, é raro que quantias tão elevadas sejam apreendidas. A expectativa é que Kueider permaneça no país por um período considerável, enquanto sua situação legal é analisada. A pena prevista para a tentativa de contrabando é de até dois anos e meio de prisão.

O promotor Alcides Giménez, que lidera a investigação, ainda não descartou a possibilidade de outras acusações, incluindo lavagem de dinheiro. A secretária de Kueider assumiu a responsabilidade pela quantia, alegando que seria utilizada para compras em Ciudad del Este, um destino popular para turistas que buscam produtos eletrônicos a preços baixos. No entanto, a veracidade dessa afirmação está sendo investigada, com indícios de que o destino final do dinheiro poderia ser Assunção.

A defesa de Kueider, liderada pelo advogado Ricardo Preda, afirmou que o apartamento foi alugado especificamente para cumprir a medida judicial, ressaltando que o contrato foi assinado por ambos. A situação do senador argentino continua a ser monitorada de perto pelas autoridades paraguaias, e o desfecho do caso ainda é incerto.

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