Novo Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas visa padronizar o tratamento e acelerar diagnósticos no SUS
06 de Dezembro de 2024 às 18h14

Ministério da Saúde implementa novo protocolo com cinco tratamentos para câncer de mama no SUS

Novo Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas visa padronizar o tratamento e acelerar diagnósticos no SUS

O Ministério da Saúde anunciou, nesta sexta-feira (6), a inclusão de cinco novos procedimentos para o tratamento de câncer de mama no Sistema Único de Saúde (SUS). A medida faz parte do novo Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) voltado para a doença, que também introduz a videolaparoscopia, uma técnica cirúrgica minimamente invasiva.

Os novos procedimentos oferecidos pelo SUS são: inibidores das quinases dependentes de ciclina (CDK) 4 e 6, trastuzumab entansina, supressão ovariana medicamentosa e hormonioterapia parenteral, fator de estimulador de colônia para suporte em esquema de dose densa, e a ampliação da neoadjuvância para estádios I a III. Esta atualização no protocolo visa não apenas melhorar o tratamento, mas também otimizar a gestão dos recursos do sistema de saúde.

De acordo com o Ministério, a videolaparoscopia traz benefícios significativos, como a redução do tempo de internação e a diminuição da necessidade de reintervenções devido a complicações. “Com essa técnica, conseguimos um acesso mais rápido a órgãos internos com menos riscos para as pacientes”, afirmou a pasta em nota. Além disso, a nova abordagem promete acelerar o início do tratamento, que pode levar, em média, de 30 a 60 dias para ser iniciado, afetando diretamente as taxas de mortalidade.

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O novo PCDT estabelece diretrizes claras para o diagnóstico e tratamento do câncer de mama, permitindo que todos os pacientes tenham acesso a um tratamento padronizado e de qualidade. O Ministério da Saúde destacou que, anteriormente, as Diretrizes Diagnósticas e Terapêuticas (DDT) não garantiam a incorporação de novas tecnologias ao SUS, o que gerava desigualdade no acesso a tratamentos.

“Cerca de 15% dos pacientes atrasam o início do tratamento entre 30 e 60 dias, resultando em um aumento de 6% a 8% na mortalidade. Aproximadamente 35% atrasam mais de 60 dias, o que representa um aumento de 12% a 16% na mortalidade”, explicou a pasta. Para combater essa situação, o novo protocolo também integra o atendimento ao Programa Mais Acesso a Especialistas, que tem como objetivo eliminar filas de espera e garantir um atendimento mais ágil.

Além de facilitar o acesso a exames e consultas, a nova linha de cuidado para pacientes com câncer de mama busca garantir um diagnóstico precoce e o início do tratamento em até 30 dias, uma melhora significativa em relação ao tempo médio anterior, que ultrapassava 18 meses. A implementação do PCDT representa um avanço importante na luta contra o câncer de mama no Brasil, oferecendo um ciclo integral de cuidado que busca atender a todos os cidadãos de maneira equitativa.

Essas mudanças são essenciais para que o SUS possa oferecer um atendimento de qualidade e que as pacientes tenham acesso a medicamentos e tratamentos eficazes, garantindo uma jornada mais segura e eficiente no combate ao câncer de mama.

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