Sérgio Moro critica Dia Internacional de Combate à Corrupção como 'dia de luto'
Senador afirma que o combate à corrupção no Brasil está paralisado durante o governo Lula e que a situação é alarmante.
O senador Sérgio Moro (União-PR) utilizou sua conta na rede social X (anteriormente conhecida como Twitter) para expressar sua visão sobre o Dia Internacional de Combate à Corrupção, celebrado nesta segunda-feira, 9. Em sua publicação, Moro descreveu a data como “um dia de luto” no Brasil, referindo-se ao atual cenário sob a administração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O ex-juiz da 13ª Vara Federal de Curitiba, que ganhou notoriedade por sua atuação na Operação Lava Jato, afirmou: “Condenações anuladas, bandidos tratados como autoridades, agentes da lei perseguidos, órgãos de controle manietados. O combate à corrupção voltará, mas não agora”.
A Operação Lava Jato, que teve início em 2014, foi uma investigação da Polícia Federal (PF) que envolveu a Petrobras, a maior estatal brasileira. A operação resultou na prisão do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2017, uma decisão que foi proferida por Moro, à época juiz federal. Essa condenação levou Lula a ser enquadrado na Lei da Ficha Limpa, o que o impediu de concorrer nas eleições presidenciais de 2018, que foram disputadas por Fernando Haddad (PT) e Jair Bolsonaro (PL).
Após a vitória de Bolsonaro, Moro deixou sua posição como juiz e aceitou o convite para se tornar ministro da Justiça e Segurança Pública, cargo que ocupou até 2020. Em 2022, ele foi eleito senador pelo estado do Paraná, continuando sua trajetória política após sua saída do Judiciário.
Em um desdobramento recente, o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), declarou a incompetência da 13ª Vara Federal de Curitiba para julgar os processos da Lava Jato relacionados a Lula, anulando todas as decisões anteriores daquele juízo. Essa decisão gerou um impacto significativo no cenário político e judicial do país, reabrindo discussões sobre a legitimidade das ações da operação.
Além disso, o ministro Gilmar Mendes, também do STF, fez uma crítica indireta a Moro, ao afirmar que a Curitiba da década de 1970, onde ocorreu um congresso da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) sobre alternativas à ditadura, não era a “Curitiba que ficou mal-afamada por conta desses episódios de Moro e companhia”. Em resposta, Moro se manifestou nas redes sociais, afirmando que “ninguém se importa com a opinião” do ministro.
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