Com apoio do presidente Arthur Lira, a Câmara votará propostas de segurança pública, incluindo instalação de detectores de metal.
09 de Dezembro de 2024 às 22h49

Câmara aprova urgência para projeto que exige detector de metal em escolas

Com apoio do presidente Arthur Lira, a Câmara votará propostas de segurança pública, incluindo instalação de detectores de metal.

BRASÍLIA – O plenário da Câmara dos Deputados, sob a liderança do presidente Arthur Lira (PP-AL), se dedicará nesta semana à votação de um conjunto de propostas que visam reforçar a segurança pública. Entre os projetos em pauta, destaca-se a proposta que obriga a instalação de detectores de metais e cercas elétricas em creches e escolas, além de garantir a prisão preventiva para crimes hediondos. O regime de urgência para a tramitação do projeto que trata dos detectores de metal foi aprovado na última segunda-feira, 9.

Lira, que já havia manifestado a intenção de priorizar a pauta de segurança no final do primeiro semestre, delegou ao presidente da bancada da bala e da Comissão de Segurança Pública, Alberto Fraga (PL-DF), a responsabilidade de selecionar as matérias que são de interesse do grupo. Ao todo, 23 propostas relacionadas à segurança pública estão na pauta desta semana, sendo 18 requerimentos de urgência e cinco projetos de lei.

Os requerimentos de urgência são importantes, pois aceleram a tramitação das propostas, permitindo que elas sejam votadas diretamente no plenário, sem passar pelas comissões de discussão e análise. Apesar de Lira ter afirmado que não moveria pautas muito polêmicas, parlamentares do PSOL expressaram preocupações sobre a gravidade de algumas matérias que poderão ser apreciadas.

Um dos projetos que gerou controvérsia é o que exige a instalação de detectores de metais e cercas elétricas nas entradas de instituições de ensino da rede pública e privada. A proposta é de autoria da deputada federal Silvye Alves (União-GO) e do deputado Rodrigo Valadares (União-SE), que argumentam que a medida é necessária para coibir ataques armados em escolas.

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Na votação da urgência, a proposta recebeu apoio da maioria dos parlamentares, com exceção dos votos contrários do PSB e do PSOL. O deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) criticou a medida, afirmando que “parece inadequado, antipedagógico e não soma para a segurança. Uma demasia, uma insistência que inclusive pode beneficiar algumas empresas que vão produzir esses equipamentos”.

Conforme a proposta, o Poder Executivo será responsável por fiscalizar e penalizar as escolas que não cumprirem a nova regra. Os recursos para a instalação dos detectores de metal e cercas elétricas nas escolas da rede pública virão do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).

Outro projeto em análise, de autoria do deputado Coronel Ulysses (União-AC), visa proibir a concessão de liberdade provisória em casos de reincidência de crimes hediondos, roubo e associação criminosa qualificada durante a audiência de custódia. Ulysses argumenta que essas concessões de liberdade “impulsionam a percepção de impunidade na sociedade”.

A audiência de custódia é um procedimento judicial que ocorre logo após a prisão em flagrante de um indivíduo, com o objetivo de avaliar a legalidade da prisão e decidir sobre a manutenção ou a liberdade do preso, assegurando que seus direitos sejam respeitados. Durante essa audiência, é analisada a possibilidade de conversão da prisão em preventiva, a concessão de liberdade provisória ou o relaxamento da prisão.

Além dessas propostas, os deputados também poderão discutir um projeto que cria a hipótese de flagrante delito quando o infrator é identificado logo após o crime, seja pela vítima ou por testemunhas que o reconheçam por meio de filmagens ou fotos. Outra proposta em pauta institui um cadastro nacional de monitoramento de facções criminosas e cria novos tipos penais para furto, furto qualificado e roubo durante calamidades públicas.

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