Arthur Lira pauta requerimentos de urgência para votar projetos que visam ajustes fiscais propostos pelo governo federal.
03 de Dezembro de 2024 às 17h03

Câmara dos Deputados discute urgência de projetos do pacote fiscal nesta terça-feira

Arthur Lira pauta requerimentos de urgência para votar projetos que visam ajustes fiscais propostos pelo governo federal.

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), anunciou a inclusão de dois requerimentos de urgência na pauta de votação para esta terça-feira, dia 3. As propostas fazem parte do pacote fiscal elaborado pelo governo federal, que visa promover ajustes nas contas públicas.

O primeiro requerimento refere-se ao Projeto de Lei 4614/2024, que propõe alterações nas despesas relacionadas ao salário mínimo, adequando-as aos limites estabelecidos pelo arcabouço fiscal. Este ajuste é considerado essencial para garantir a sustentabilidade fiscal do país.

O segundo requerimento diz respeito ao Projeto de Lei Complementar 210/2024, que trata da limitação das emendas parlamentares e da aplicação do superávit financeiro relativo a fundos. A proposta busca reorganizar a forma como os recursos são alocados, aumentando a transparência e a responsabilidade fiscal.

No entanto, a votação desses requerimentos enfrenta incertezas. Líderes do União Brasil e do PSD, Elmar Nascimento (BA) e Antonio Brito (BA), respectivamente, ainda não assinaram os pedidos de urgência, o que pode dificultar a tramitação dos projetos. A ausência dessas assinaturas é um entrave, já que a aprovação dos requerimentos exige o apoio de pelo menos 257 deputados.

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Além disso, Lira comunicou que enviará a proposta de emenda constitucional (PEC) do pacote fiscal para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), presidida por Carol de Toni (PL-SC). Ele se comprometeu a acelerar a tramitação, mas caso não haja progresso, poderá levar a PEC diretamente ao plenário, anexando-a a outra proposta já em tramitação.

Os líderes Nascimento e Brito alegam que não tiveram tempo para discutir com suas bancadas e que a divulgação dos projetos tem sido feita de forma fragmentada. Essa situação gera preocupação entre os parlamentares, que temem não estar plenamente informados sobre as implicações das propostas.

Seja qual for a razão da recusa em assinar os requerimentos, a falta de apoio pode atrasar o avanço do pacote fiscal. A expectativa é que o governo consiga convencer os líderes a apoiarem os pedidos até a sessão de hoje, permitindo que os projetos sejam levados ao plenário para votação.

Outro ponto relevante na agenda é a renegociação da dívida dos Estados, que será discutida nesta terça-feira. O Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag) é um projeto que, embora tenha enfrentado resistência por parte do Ministério da Fazenda, ganhou apoio devido à pressão de governadores e do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

O deputado Luizinho Teixeira (PP-RJ) será o relator desse projeto na Câmara. Ele já manifestou sua intenção de aprovar o texto, embora com algumas alterações, o que exigirá uma nova votação no Senado antes da sanção presidencial.

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