O vice-presidente Geraldo Alckmin fez uma gafe ao trocar o nome da Eslováquia pela Iugoslávia em evento oficial com Robert Fico.
10 de Dezembro de 2024 às 15h14

Alckmin confunde Eslováquia com Iugoslávia durante visita de primeiro-ministro

O vice-presidente Geraldo Alckmin fez uma gafe ao trocar o nome da Eslováquia pela Iugoslávia em evento oficial com Robert Fico.

O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, protagonizou uma gafe durante a recepção do primeiro-ministro da Eslováquia, Robert Fico, nesta terça-feira, 10, no Palácio Itamaraty, em Brasília. Ao agradecer a presença do líder eslovaco, Alckmin confundiu o nome do país, referindo-se a Fico como o “primeiro-ministro da Iugoslávia”. A confusão ocorreu enquanto Alckmin substituía o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que se recupera de uma cirurgia de emergência.

“O presidente Lula me pediu que transmitisse um afetuoso abraço e que compartilhasse sua alegria de recebermos – aliás, é a primeira vez que um primeiro-ministro da Iugoslávia visita o Brasil –, e nós estamos felizes e honrados”, declarou Alckmin, antes de corrigir-se sobre a nacionalidade de Fico. A Iugoslávia, vale lembrar, foi dissolvida em 1992, após uma série de conflitos que resultaram na formação de vários países independentes, incluindo a Eslovênia, Croácia e Montenegro.

A visita de Fico ao Brasil ocorre em um momento delicado, uma vez que o presidente Lula passou por uma craniotomia para drenar uma hemorragia intracraniana, consequência de um acidente domiciliar ocorrido em outubro. O petista permanece internado na UTI do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, enquanto Alckmin assume as funções presidenciais temporariamente.

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Durante o encontro, Alckmin destacou a importância da visita de Fico, afirmando que ela “evidencia” a “política externa universalista brasileira” e ressaltou a necessidade de cooperação internacional. “De norte a sul, leste a oeste, a divisão do mundo em blocos antagônicos é uma armadilha perigosa que devemos evitar. A cooperação é a garantia mais eficaz contra a instabilidade e fragmentação da ordem internacional”, afirmou o vice-presidente.

Alckmin também mencionou a conclusão do acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia, que contou com o apoio da Eslováquia. Segundo ele, esse tratado “representa muito mais do que um acordo econômico e comercial”, simbolizando a aproximação de duas regiões que podem influenciar a governança global e reforçar o compromisso com os regimes multilaterais de comércio e proteção ao meio ambiente.

Além disso, o vice-presidente expressou satisfação pela recuperação de Fico, que foi alvo de um atentado em maio, onde foi baleado cinco vezes. “Sua presença hoje é uma oportunidade para repudiar com veemência todo tipo de violência política, independentemente da sua cor ideológica”, declarou Alckmin, enfatizando a importância de um ambiente político seguro e estável.

O atentado contra Fico, considerado um dos mais graves a um líder europeu em décadas, levantou preocupações sobre a crescente polarização política na Europa. Na época, Lula classificou o ataque como “inadmissível”, expressando solidariedade ao primeiro-ministro eslovaco.

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