Acesso à internet no Brasil atinge 89,4% dos domicílios, revela IBGE
Censo 2022 mostra que o Distrito Federal lidera em conectividade, enquanto o Acre apresenta os menores índices.
De acordo com os dados do Censo Demográfico 2022, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 89,4% da população brasileira tinha acesso à internet em casa no ano passado. O levantamento, publicado na última quinta-feira (12), destaca a disparidade entre as diferentes regiões do país.
O Distrito Federal se destaca como a unidade da federação com o maior percentual de acesso à internet, alcançando 96,2% da população. Em contrapartida, o Acre apresenta o menor índice, com apenas 75,2% dos domicílios conectados. Esses dados revelam um cenário de desigualdade no acesso à tecnologia, que pode impactar diversas áreas da vida cotidiana.
Entre os municípios com mais de 100 mil habitantes, Balneário Camboriú, em Santa Catarina, lidera o ranking com 97,3% de acesso à internet, enquanto Breves, no Pará, apresenta o menor percentual, com apenas 51,1%. A pesquisa também aponta que em 179 municípios, mais de 95% da população tem acesso à internet, sendo que 98 deles estão localizados na região Sul do Brasil.
Por outro lado, 33 municípios, principalmente na região Norte, têm menos de 50% de cobertura de internet, evidenciando a necessidade de políticas públicas que visem a inclusão digital. Os estados com os menores percentuais de acesso à internet são todos da região Norte: Pará (79,4%), Amazonas (77,7%) e Acre (75,2%). Em contrapartida, os três estados do Sul que se destacam na conectividade são Santa Catarina (94,8%), Paraná (92,5%) e Rio Grande do Sul (91,4%).
Além do acesso à internet, o Censo também trouxe informações sobre as condições habitacionais dos brasileiros. Em 2022, 72,7% da população residia em casas próprias, enquanto 20,9% moravam em imóveis alugados e 5,6% em residências cedidas ou emprestadas. Esses números refletem uma leve queda no percentual de proprietários em comparação a 2010, quando 75,2% dos brasileiros viviam em casas próprias.
O estudo também revelou que em Brasília, 13% da população reside em casas com 10 ou mais cômodos, um índice que é mais do que o dobro da média nacional, que é de 5,9%. No Brasil, 7% da população vive em domicílios com até três cômodos, sendo a região Norte a que apresenta o maior percentual (17,6%) e a Sul a que tem o menor (4,6%).
A maior parte da população brasileira, 44,4%, reside em casas com entre 6 e 9 cômodos, enquanto apenas 5,9% vivem em residências com 10 ou mais cômodos. Esses dados são fundamentais para entender as condições de vida e as necessidades habitacionais da população brasileira.
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