A Polícia Federal deflagrou a Operação Tâmis para desarticular esquema de corrupção em Duque de Caxias e região.
13 de Dezembro de 2024 às 10h46

Operação da PF investiga compra de votos envolvendo secretários e prefeito no RJ

A Polícia Federal deflagrou a Operação Tâmis para desarticular esquema de corrupção em Duque de Caxias e região.

A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã desta sexta-feira (13) a Operação Tâmis, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa suspeita de envolvimento em compra de votos e lavagem de dinheiro. A operação ocorre em meio a um cenário de crescente preocupação com a integridade do processo eleitoral no estado do Rio de Janeiro.

Entre os alvos da operação estão o secretário estadual de Transportes, Washington Reis, e o atual prefeito de Duque de Caxias, Wilson Reis, ambos do MDB. A PF não divulgou os nomes dos envolvidos, mas a investigação já está em andamento desde outubro, quando um homem foi preso em flagrante com R$ 1,9 milhão em espécie, levantando suspeitas sobre a prática de compra de votos.

De acordo com informações da PF, a prisão inicial levou à identificação de um grupo criminoso que atuava na Baixada Fluminense há vários anos. O suposto esquema envolve políticos e empresários que operam nas cidades de Duque de Caxias e São João de Meriti, na região metropolitana do Rio de Janeiro.

A investigação revela que a organização movimentou quantias milionárias para financiar campanhas eleitorais de forma ilícita. Além disso, há indícios de que empresas contratadas pelo poder público estavam sendo utilizadas para favorecer candidatos em suas campanhas, com o intuito de manter a hegemonia do grupo político na região.

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Os crimes investigados incluem organização criminosa, falsidade ideológica eleitoral e lavagem de dinheiro. A PF está cumprindo 22 mandados de busca e apreensão em várias localidades, incluindo São João de Meriti, Nova Iguaçu, Duque de Caxias e na capital fluminense.

Em nota, a Prefeitura de Duque de Caxias afirmou que o prefeito Wilson Reis não tem envolvimento com as acusações e que confia na justiça. A administração municipal se colocou à disposição para prestar todos os esclarecimentos necessários.

Por sua vez, a Secretaria de Transportes do Rio de Janeiro declarou que Washington Reis atua de forma estritamente técnica e que nunca esteve envolvido em práticas irregulares relacionadas à compra de votos. A pasta ainda ressaltou que todas as contas de campanha foram aprovadas pela Justiça Eleitoral, evidenciando a conformidade com as exigências legais.

“O secretário reafirma que não tem nada a temer e se coloca à disposição da Justiça e de quaisquer autoridades competentes para prestar os esclarecimentos necessários, reafirmando seu compromisso com a transparência e a legalidade”, finalizou a nota da Secretaria.

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