Um Boeing 727-200 quase se acidentou após decolar em baixa altitude, resultando em danos à aeronave. Relatório aponta falhas na operação.
13 de Dezembro de 2024 às 22h32

Investigação revela erro de tripulação em incidente com avião na Colômbia

Um Boeing 727-200 quase se acidentou após decolar em baixa altitude, resultando em danos à aeronave. Relatório aponta falhas na operação.

Um incidente grave envolvendo um Boeing 727-200 da companhia Aerosucre ocorreu no dia 10 de novembro, quando a aeronave decolou do Aeroporto Internacional El Dorado, em Bogotá, com destino a Valência, na Venezuela. Segundo um relatório preliminar da autoridade colombiana de aviação, a tripulação cometeu um erro ao prosseguir com a decolagem em condições desfavoráveis de vento, resultando em uma colisão com uma antena de rádio no final da pista.

Durante a decolagem, o avião, que transportava cinco tripulantes, atingiu a antena, mas conseguiu completar a manobra. No entanto, por questões de segurança, a aeronave precisou retornar ao aeroporto. A batida causou danos nas asas e nos trens de pouso, mas felizmente não houve feridos entre os ocupantes.

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A Direção Técnica de Investigações de Acidentes, órgão responsável pela apuração de incidentes aéreos na Colômbia, finalizou o relatório preliminar em 7 de dezembro. O documento visa identificar possíveis falhas e propor recomendações para aumentar a segurança da aviação no país, sem atribuir culpabilidades.

De acordo com o relatório, a aeronave estava dentro dos limites de peso e com a documentação regularizada. Contudo, o vento de cauda, que soprava a aproximadamente 17 km/h, pode ter contribuído para a situação. Esse tipo de vento empurra a aeronave para frente, aumentando a distância necessária para a decolagem e dificultando a subida inicial.

Além disso, o aeroporto de Bogotá está situado em uma região de alta altitude, o que torna o ar mais rarefeito e dificulta a ascensão rápida da aeronave. O fabricante do Boeing recomenda que o vento de cauda não ultrapasse 18,5 km/h para uma decolagem segura. Em uma abordagem mais cautelosa, a companhia aérea havia estabelecido um limite de 9,3 km/h para a pista utilizada.

A investigação revelou que, segundo relatos dos tripulantes, o vento de cauda estava em cerca de 22 km/h durante o táxi da aeronave, excedendo o limite recomendado. Apesar disso, a tripulação decidiu seguir com a decolagem.

Após o incidente, as autoridades colombianas emitiram uma série de recomendações à Aerosucre, incluindo a implementação de procedimentos que priorizem a segurança nas operações e o treinamento adequado da tripulação. Também foi sugerida a suspensão de um procedimento de decolagem especial, conhecido como Improved Climb Takeoff, que visa aumentar o desempenho da aeronave em condições de vento de cauda.

O relatório final, que deve ser divulgado em data ainda indefinida, apontará as causas que contribuíram para o incidente, oferecendo uma análise mais detalhada da situação.

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