Miliciano é preso após matar adolescente em Rio das Pedras e assassinar o próprio tio
Rômulo da Rocha Brito foi localizado em Queimados após dias de buscas pela polícia
Rômulo da Rocha Brito, conhecido como “Coruja”, foi preso neste domingo (15) em Queimados, na Baixada Fluminense, após ser acusado de assassinar a adolescente Raquel Portugal Silva, de 16 anos, em Rio das Pedras, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. A prisão foi realizada por agentes da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF), que o localizaram em uma área de mata após dias de intensas buscas.
O crime ocorreu na última quarta-feira (11), quando Rômulo invadiu a residência da jovem e disparou contra ela, supostamente por não aceitar a recusa da adolescente em se relacionar com ele. A mãe de Raquel estava presente durante o ataque. A jovem foi atingida na barriga e, apesar de ter sido socorrida e levada para o Hospital Municipal Lourenço Jorge, não resistiu aos ferimentos e faleceu.
Após o crime, Rômulo fugiu e buscou abrigo na casa de parentes em um sítio em Queimados. No entanto, ao ser negado abrigo, ele reagiu de forma violenta, atirando contra seu próprio tio, Eduardo de Resende, de 44 anos, que morreu no local. Em seguida, o miliciano ateou fogo na casa da família, demonstrando a gravidade de sua situação.
As investigações da DHBF revelaram que Rômulo estava rondando a área onde cometeu o homicídio do tio. Durante sua prisão, a polícia apreendeu uma pistola e três carregadores com 19 munições. O miliciano enfrentará diversas acusações, incluindo porte ilegal de arma, feminicídio, homicídio qualificado e incêndio.
A família de Raquel expressou sua indignação e dor pela perda da jovem, ressaltando que ela não tinha qualquer relacionamento com Rômulo, que insistia em um namoro que nunca existiu. O caso gerou comoção na comunidade local, que clama por justiça e segurança diante da crescente violência associada às milícias na região.
O caso de Raquel é um triste reflexo da realidade enfrentada por muitas jovens em áreas dominadas por organizações criminosas, onde a violência de gênero se torna uma questão alarmante. A polícia segue investigando o caso e busca garantir que todos os envolvidos sejam responsabilizados pelos crimes cometidos.
Veja também: