Dólar inicia a semana em alta, cotado a R$ 6,08, aguardando decisões do Copom e do Fed
Na sexta-feira, a moeda americana subiu 0,43%, encerrando a R$ 6,0347. O Ibovespa caiu 1,13%, aos 124.612 pontos.
O dólar iniciou a semana em alta nesta segunda-feira (16), sendo cotado a R$ 6,08, refletindo a expectativa do mercado em relação a importantes divulgações econômicas que ocorrerão nos próximos dias. A moeda americana subiu 0,87% logo nas primeiras horas de negociação, ampliando os ganhos da sessão anterior.
Na última sexta-feira (13), o dólar havia encerrado o dia em alta de 0,43%, cotado a R$ 6,0347. Apesar de uma leve queda de 0,60% na semana anterior, a moeda acumula uma alta de 0,57% no mês e impressionantes 24,36% no ano. Essa movimentação ocorre em um cenário de intervenções do Banco Central (BC) no mercado de câmbio.
Os investidores estão atentos a duas divulgações que podem impactar o câmbio: a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que será divulgada na terça-feira (17), e a decisão sobre as taxas de juros do Federal Reserve (Fed) dos Estados Unidos, que ocorrerá na quarta-feira (18).
A ata do Copom é especialmente aguardada, pois trará detalhes sobre a recente elevação da taxa Selic, que foi aumentada em 1 ponto percentual, passando para 12,25% ao ano. Embora o impacto imediato da ata no câmbio seja considerado pequeno, os analistas acreditam que a comunicação prévia do BC já havia antecipado os principais pontos discutidos.
Por outro lado, a reunião do Fed também é crucial, uma vez que a expectativa é de um possível corte de 0,25 ponto percentual na taxa de juros americana, que atualmente está entre 4,5% e 4,75%. Um corte mais acentuado poderia aliviar a pressão sobre o dólar em relação a moedas de mercados emergentes, enquanto uma redução menor poderia ter o efeito oposto.
Além das expectativas em relação ao Copom e ao Fed, o boletim Focus, que é uma pesquisa semanal realizada pelo Banco Central com instituições financeiras, também está no radar dos investidores. Na última edição, as projeções para a inflação e a taxa de juros foram ajustadas, refletindo preocupações com o aumento dos gastos públicos e suas implicações na economia.
Para 2024, a projeção de inflação subiu de 4,84% para 4,89%, permanecendo acima do teto da meta de 4,50%. Para 2025, a estimativa de inflação também foi elevada, passando de 4,59% para 4,60%. A expectativa de um aumento na taxa básica de juros nos próximos anos também foi reforçada, com o mercado prevendo que a Selic pode chegar a 14% ao ano até o final de 2025.
O cenário externo também influencia a movimentação do dólar, com novos indicadores econômicos sendo aguardados tanto nos Estados Unidos quanto na Europa. A atenção dos investidores está voltada para como esses dados podem impactar as decisões de política monetária e, consequentemente, as taxas de câmbio.
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