Após leilão extraordinário, BC planeja nova intervenção no mercado de câmbio com US$ 3 bilhões
16 de Dezembro de 2024 às 11h42

Banco Central realiza leilão de US$ 4,6 bilhões e dólar apresenta queda significativa

Após leilão extraordinário, BC planeja nova intervenção no mercado de câmbio com US$ 3 bilhões

Na manhã desta segunda-feira, o Banco Central do Brasil (BC) promoveu um leilão extraordinário de dólares à vista, onde foram vendidos US$ 1,6275 bilhão em 18 propostas, com uma taxa de corte estabelecida em 6,0400 reais por dólar. Antes do leilão, a moeda americana atingiu o patamar de R$ 6,096, mas logo após a conclusão da operação, o valor do dólar caiu para R$ 6,0309, refletindo a eficácia da intervenção.

Às 10h10, o dólar operava em estabilidade, apresentando uma leve queda de 0,02%, cotado a R$ 6,0333. Este leilão foi realizado em um contexto de crescente pressão sobre a moeda, que tem enfrentado um movimento de alta desde o anúncio do pacote de ajuste fiscal do governo federal no final de novembro, que não atendeu às expectativas do mercado.

Na última sexta-feira, o Banco Central já havia realizado uma operação semelhante, onde vendeu US$ 845 milhões em um leilão de dólares à vista, o que demonstra a continuidade das ações da autarquia para estabilizar o câmbio. A última venda anterior a essa ocorreu em 30 de agosto, evidenciando a frequência das intervenções recentes.

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Além do leilão à vista, o BC anunciou que realizará ainda hoje, das 10h20 às 10h25, um leilão de linha, uma operação que envolve a venda de dólares com compromisso de recompra, onde serão ofertados US$ 3 bilhões. Na última quinta-feira, o BC já havia realizado uma operação desse tipo, vendendo US$ 4 bilhões, o que mostra uma estratégia agressiva para lidar com a volatilidade do mercado cambial.

As intervenções do Banco Central no mercado de câmbio têm como objetivo injetar liquidez e corrigir disfuncionalidades nas negociações. O leilão de linha, por exemplo, é uma ferramenta utilizada para fornecer dólares ao mercado, garantindo que haja um fluxo adequado de moeda estrangeira, especialmente em momentos de instabilidade.

O cenário atual do câmbio é complexo, e as ações do Banco Central são vistas como uma resposta necessária às pressões que a moeda americana tem enfrentado. O mercado aguarda com expectativa a continuidade dessas intervenções e os efeitos que elas poderão ter sobre a economia brasileira nos próximos meses.

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