Rogerinho, segurança do cantor, é alvo de operação da PF e do MP, após delação de empresário assassinado.
17 de Dezembro de 2024 às 10h23

Policial civil ligado a Gusttavo Lima é procurado por conexão com o PCC em SP

Rogerinho, segurança do cantor, é alvo de operação da PF e do MP, após delação de empresário assassinado.

A Policia Federal (PF) desencadeou, nesta terça-feira (17), uma operação em São Paulo visando desarticular um esquema criminoso que envolve policiais civis suspeitos de ligação com o Primeiro Comando da Capital (PCC). Entre os alvos da ação está Rogério de Almeida Felício, conhecido como Rogerinho, que atua como segurança do cantor sertanejo Gusttavo Lima.

Rogerinho é mencionado na delação do empresário Vinícius Gritzbach, que foi assassinado em novembro passado no Aeroporto Internacional de Guarulhos. A delação aponta que o policial teria recebido um relógio de Gritzbach, supostamente oriundo de negociações ilegais. Imagens de redes sociais anexadas à delação mostram Rogerinho exibindo o item, o que levanta suspeitas sobre sua conduta.

Com um salário de aproximadamente R$ 7 mil mensais, Rogerinho é também sócio de uma clínica de estética, uma empresa de segurança privada e uma construtora em São Paulo. Durante a operação, agentes da PF realizaram buscas em endereços associados ao policial, mas ele não foi encontrado e é considerado foragido.

A operação é resultado de uma colaboração entre a PF, o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público de São Paulo (MP-SP) e a Corregedoria da Polícia Civil. Além de Rogerinho, outras sete pessoas foram presas, incluindo um delegado e três policiais civis, todos suspeitos de facilitar atividades criminosas do PCC.

- CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE -

As investigações revelaram que o esquema envolvia a manipulação e o vazamento de informações de investigações policiais, venda de proteção a criminosos e corrupção para facilitar a lavagem de dinheiro do PCC. A Justiça já determinou prisões temporárias, buscas e apreensões, além do bloqueio de contas bancárias e sequestro de bens dos envolvidos.

O caso segue em andamento, com a PF intensificando as buscas para localizar Rogerinho e outros suspeitos. A operação é considerada um marco na luta contra a corrupção dentro das forças policiais e a relação destas com organizações criminosas.

O desdobramento da operação e as implicações para a segurança pública em São Paulo são temas de grande relevância, especialmente considerando a notoriedade de Rogerinho nas redes sociais, onde possui mais de 100 mil seguidores. Ele frequentemente publica conteúdos ao lado de Gusttavo Lima, o que levanta questões sobre a influência de sua posição como segurança do artista em sua vida pessoal e profissional.

As investigações continuam e a expectativa é que novos desdobramentos ocorram nos próximos dias, à medida que a PF e o MP-SP aprofundam suas apurações sobre a extensão do envolvimento de Rogerinho e outros policiais com o PCC.

Veja também:

Tópicos: