Procuradoria-Geral de Justiça de Pernambuco encerra apurações sobre lavagem de dinheiro envolvendo o cantor e a 'Vai de Bet'
14 de Dezembro de 2024 às 17h49

Arquivamento de investigação contra Gusttavo Lima é decidido pela Procuradoria-Geral

Procuradoria-Geral de Justiça de Pernambuco encerra apurações sobre lavagem de dinheiro envolvendo o cantor e a 'Vai de Bet'

A Procuradoria-Geral de Justiça de Pernambuco anunciou o arquivamento das investigações relacionadas ao cantor Gusttavo Lima e aos sócios da plataforma de apostas 'Vai de Bet'. A decisão foi tomada após a análise de evidências que, segundo o Ministério Público, não apresentaram lastro probatório suficiente para justificar a continuidade da ação penal.

O caso, que envolveu alegações de lavagem de dinheiro e organização criminosa, ganhou notoriedade após a Polícia Civil levantar suspeitas sobre transações financeiras envolvendo uma aeronave. Gusttavo Lima teria vendido e posteriormente desfeito a venda de um avião da empresa de Darwin Henrique da Silva Filho, proprietário da 'Esportes da Sorte', que também é alvo de investigações.

A juíza Andrea Calado da Cruz, da 12ª Vara Criminal do Recife, havia solicitado que os promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) tomassem providências em relação ao caso, apontando a inércia processual dos mesmos. Em sua decisão, a magistrada enfatizou que a apuração deveria prosseguir, dada a complexidade das transações e as conexões entre os envolvidos.

Por outro lado, a subprocuradora-geral Norma Mendonça Galvão de Carvalho, ao analisar o parecer dos promotores, concordou que não havia elementos suficientes para a deflagração de uma ação penal contra Gusttavo Lima e os sócios da 'Vai de Bet', incluindo José André da Rocha Neto e Aislla Sabrina Truta Henriques Rocha.

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“No caso em apreço, não ficou configurado lastro probatório mínimo para a deflagração de ação penal em relação aos destacados investigados”, afirmou Norma em sua manifestação. A decisão de arquivamento foi formalizada no dia 13 de dezembro, após um longo período de investigações que se arrastaram por mais de um ano.

Embora as investigações contra Gusttavo Lima tenham sido encerradas, a Procuradoria-Geral de Justiça determinou que as apurações sobre a 'Esportes da Sorte' continuem. A subprocuradora destacou a necessidade de diligências adicionais, incluindo a análise de quebras de sigilos bancário e fiscal, para avaliar possíveis práticas ilícitas relacionadas à empresa.

Os promotores do Gaeco, que atuam no caso, afirmaram que estão aguardando relatórios fiscais e bancários que devem ser enviados pela Polícia Civil. Somente após a análise desse material será possível decidir sobre a apresentação de uma denúncia criminal por crimes como lavagem de dinheiro e associação criminosa.

Recentemente, os promotores também apresentaram um pedido de correição parcial contra a juíza do caso, alegando abusos e erros processuais. No entanto, esse pedido foi negado pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco.

O desfecho deste caso levanta questões sobre a atuação do Ministério Público e a eficácia das investigações em casos de grande repercussão, especialmente quando envolvem figuras públicas como Gusttavo Lima, que é um dos artistas mais populares do Brasil.

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