Deputado do PL quer que Alesp pague sua viagem para assistir a posse de Trump nos EUA
Lucas Bove solicita autorização para custeio de 'missão diplomática' sem convite oficial
O deputado estadual Lucas Bove, do Partido Liberal (PL) de São Paulo, apresentou um pedido à Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) para que a Casa custeie sua viagem aos Estados Unidos, onde pretende assistir à posse do presidente Donald Trump, marcada para o dia 20 de janeiro. Bove, que ainda não recebeu um convite oficial para o evento, argumenta que é fundamental que o maior parlamento da América Latina esteja representado na cerimônia.
Em seu requerimento, Bove solicita a autorização para uma "missão diplomática oficial" com duração de dez dias, entre os dias 15 e 25 de janeiro. O deputado justifica sua solicitação afirmando que a presença de representantes da Alesp na posse é importante, especialmente considerando a atual relação tensa entre o governo brasileiro e os Estados Unidos, que é a maior potência mundial.
“Entendemos que é importante que o maior parlamento da América Latina tenha representantes na posse, principalmente considerando a relação tensa entre o Governo Federal e os EUA”, disse Bove, em declaração à imprensa. O deputado ainda acrescentou que os Estados Unidos são um parceiro comercial e cultural fundamental para o Brasil, desempenhando um papel crucial em áreas como comércio, investimentos, segurança e inovação tecnológica.
Contudo, o regimento interno da Alesp não prevê o financiamento de viagens de deputados, exceto em casos de missões oficiais pela Comissão de Relações Internacionais. O pedido de Bove será analisado na próxima terça-feira, 17 de janeiro.
“Ainda que tenhamos apenas a expectativa do convite, fizemos a solicitação desde já por conta do recesso parlamentar em janeiro”, afirmou o deputado, ressaltando a urgência da sua demanda. A proposta gerou polêmica, uma vez que muitos críticos apontam que a solicitação de Bove contraria os princípios de austeridade frequentemente defendidos por integrantes da extrema direita.
Formado em administração e comércio exterior, Lucas Bove foi eleito em 2022 para seu primeiro mandato, obtendo mais de 130 mil votos. Sua proposta de viagem, que não conta com respaldo formal, levanta questões sobre o uso de recursos públicos e a ética na política.
A cerimônia de posse de Trump, que se tornará presidente dos Estados Unidos pela segunda vez, é um evento de grande importância política e simbólica, atraindo a atenção de líderes e representantes de diversas nações. A expectativa é que a presença de parlamentares estrangeiros, como Bove, possa influenciar as relações diplomáticas entre os países.
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