De acordo com um oficial americano, as tropas da Coreia do Norte enfrentaram perdas significativas em combates na região de Kursk.
18 de Dezembro de 2024 às 10h30

EUA afirmam que centenas de soldados norte-coreanos morreram na Ucrânia

De acordo com um oficial americano, as tropas da Coreia do Norte enfrentaram perdas significativas em combates na região de Kursk.

Centenas de soldados norte-coreanos teriam sido mortos ou feridos em combates com o Exército ucraniano na região russa de Kursk, conforme informações divulgadas por um oficial militar dos Estados Unidos. O militar, que preferiu não ser identificado, destacou que as tropas da Coreia do Norte, que “nunca haviam lutado antes”, enfrentaram dificuldades que podem ter contribuído para as elevadas perdas.

A contagem de baixas inclui tanto feridos quanto mortos em combate, refletindo a inexperiência das tropas norte-coreanas, que foram enviadas à Rússia para apoiar os esforços militares do presidente Vladimir Putin. A situação se agrava com a ofensiva ucraniana, que teve início em agosto e representa a maior ação militar em território russo desde a Segunda Guerra Mundial.

O comandante do Exército ucraniano, Oleksandr Syrsky, já havia alertado sobre as operações ofensivas realizadas pelo “inimigo” na região de Kursk, onde as forças norte-coreanas estariam atuando ao lado das tropas russas. A presença de soldados da Coreia do Norte na Rússia foi confirmada por fontes ocidentais, embora o Kremlin tenha evitado comentar oficialmente sobre o assunto.

Recentemente, a Rússia e a Coreia do Norte firmaram um acordo de defesa mútua, que entrou em vigor no início de dezembro. Este pacto prevê assistência militar imediata em caso de agressões externas, o que intensifica a preocupação internacional sobre o envolvimento da Coreia do Norte no conflito.

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Os Estados Unidos, que têm sido o principal fornecedor de armamento à Ucrânia desde o início da invasão russa em 2022, expressaram preocupações sobre o “apoio direto” da Coreia do Norte à Rússia. Em um comunicado, ministros das Relações Exteriores de vários países, incluindo Austrália, Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, Coreia do Sul, Nova Zelândia, Reino Unido, Estados Unidos e União Europeia, pediram à Coreia do Norte que cesse imediatamente toda a assistência à Rússia e retire suas tropas da região.

Além disso, o Departamento do Tesouro dos EUA anunciou sanções contra indivíduos e entidades que apoiam militarmente a Coreia do Norte, incluindo instituições financeiras. Entre os alvos das sanções está Ri Chang Ho, um general que supostamente acompanha as tropas norte-coreanas na Rússia. As autoridades americanas também impuseram sanções a três alvos ligados ao programa de mísseis balísticos da Coreia do Norte.

O oficial americano que divulgou as informações sobre as baixas norte-coreanas não especificou números exatos, mas enfatizou que a falta de preparação das tropas contribuiu para as perdas. A situação no campo de batalha continua tensa, com a Ucrânia enfrentando desafios significativos e a Rússia buscando recuperar o controle de áreas perdidas.

Enquanto isso, o presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy tem se manifestado sobre a presença de tropas norte-coreanas, afirmando que “não há uma única razão para os norte-coreanos morrerem nesta guerra”. As tensões entre as potências continuam a crescer, com a comunidade internacional observando atentamente os desdobramentos do conflito.

Com a iminente posse de Donald Trump, eleito para um segundo mandato, a incerteza sobre o futuro apoio militar dos EUA à Ucrânia aumenta. O governo Biden ainda possui US$ 5,6 bilhões disponíveis para ajuda militar, mas a utilização desses recursos antes da posse de Trump, em 20 de janeiro, é incerta.

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