Paciente hospitalizado apresenta infecção por H5N1, mas risco à saúde pública permanece baixo, segundo autoridades.
18 de Dezembro de 2024 às 15h55

EUA confirmam primeiro caso grave de gripe aviária H5N1 em humano na Louisiana

Paciente hospitalizado apresenta infecção por H5N1, mas risco à saúde pública permanece baixo, segundo autoridades.

Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos anunciaram, nesta quarta-feira, o primeiro caso grave de infecção por gripe aviária H5N1 em um humano. O paciente, que está hospitalizado na Louisiana, teve seu caso confirmado na última sexta-feira, 13 de outubro.

Segundo informações divulgadas pela agência, esse é o primeiro registro de um caso grave da doença em humanos no país, embora infecções por H5N1 já tenham sido relatadas em outras nações em anos anteriores, incluindo 2024. O CDC enfatizou que a avaliação do risco para a população americana continua baixa, apesar da gravidade do caso.

Dados preliminares do genoma viral do paciente indicam que o vírus pertence ao genótipo D1.1, que foi recentemente detectado em aves selvagens e domésticas nos Estados Unidos, além de casos humanos em outras regiões, como a Colômbia Britânica, no Canadá, e o estado de Washington.

O CDC também destacou que esse genótipo é distinto do B3.13, que foi identificado em surtos de gripe aviária em vacas leiteiras e em casos humanos em diversos estados. A origem da infecção do paciente está sendo investigada, mas as autoridades acreditam que ele teve contato com aves doentes e mortas em quintais.

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“Esse é o primeiro caso de gripe aviária H5N1 nos EUA associado à exposição a um bando de aves de quintal”, afirmaram os CDC. A agência ressaltou que, embora casos esporádicos de infecção possam ocorrer, a transmissão entre humanos permanece rara, o que não altera a avaliação geral do risco à saúde pública.

Desde abril deste ano, foram registrados 61 casos humanos de gripe aviária H5 nos Estados Unidos, todos não graves, segundo dados do CDC. A gripe aviária, que circula principalmente entre aves, tem se expandido para mamíferos, como leões-marinhos e vacas, e continua a ser uma preocupação global.

Embora a infecção em humanos seja preocupante, o CDC reiterou que não há evidências de transmissão entre pessoas, o que poderia elevar o risco de uma nova pandemia. As autoridades de saúde recomendam que pessoas com exposição a animais infectados sigam as precauções necessárias para evitar contaminações.

“Esse caso ressalta que, além das operações comerciais de aves e laticínios afetadas, as aves silvestres e os rebanhos de fundo de quintal também podem ser uma fonte de exposição”, alertaram os CDC, enfatizando a importância de medidas de segurança para aqueles que trabalham ou têm contato com aves.

Os CDC continuam monitorando a situação e atualizando as diretrizes de saúde pública conforme necessário, visando proteger a população e minimizar riscos associados à gripe aviária.

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