Câmara Municipal de São Paulo aprova orçamento histórico de R$ 125 bilhões para 2025
Aprovado em sessão final, o orçamento representa um aumento de 12% em relação ao ano anterior e prioriza educação e saúde.
A Câmara Municipal de São Paulo aprovou nesta sexta-feira (20) o maior orçamento da história da capital, totalizando R$ 125 bilhões para o ano de 2025. O valor representa um aumento de 12% em relação ao orçamento de 2024, que era de R$ 111,8 bilhões.
O relator do projeto, vereador Sidney Cruz (MDB), destacou que a proposta foi aprovada após intensas discussões e audiências públicas que permitiram a participação da população. O orçamento destina aproximadamente R$ 22,9 bilhões para a Secretaria Municipal de Educação, tornando-a a pasta com o maior valor anual. Em seguida, a Secretaria Municipal de Saúde receberá R$ 21,6 bilhões, enquanto a Secretaria de Mobilidade e Trânsito contará com R$ 11,1 bilhões.
O aumento do orçamento foi justificado pelo bom desempenho da arrecadação em 2024 e pela expectativa de crescimento do PIB. Os R$ 2 bilhões adicionais que elevaram o orçamento foram oriundos de operações de crédito e de R$ 600 milhões arrecadados com o Imposto Sobre Serviços (ISS).
Além disso, o Fundo Municipal de Assistência Social recebeu um acréscimo de R$ 300 milhões, totalizando R$ 2,87 bilhões, o maior valor já aprovado para essa área. A cultura também foi beneficiada, com um aumento de R$ 20 milhões, elevando o orçamento para R$ 819 milhões.
A Secretaria de Habitação teve um aumento de R$ 1 bilhão, com o objetivo de ampliar o financiamento e a construção de imóveis populares. A Segurança Urbana contará com um orçamento de R$ 1,52 bilhão, representando um acréscimo de 5,5% em relação à proposta original.
O orçamento da capital paulista cresceu 58% desde 2012, passando de R$ 78,6 bilhões para os R$ 125 bilhões aprovados. Esse valor supera o orçamento do estado do Rio de Janeiro para 2024, que é de R$ 104,6 bilhões, e o de Minas Gerais, que é de R$ 114,4 bilhões. Em comparação com outras capitais, o orçamento de São Paulo é significativamente maior que o de Belo Horizonte (R$ 19,6 bilhões) e do Rio de Janeiro (R$ 45,7 bilhões).
O vereador Sidney Cruz, que foi o relator do texto na Comissão de Finanças e Orçamento, apoiou o prefeito Ricardo Nunes (MDB) durante a campanha e destacou a importância da participação popular nas audiências. “Durante as audiências, conseguimos absorver encaminhamentos importantes que refletiram nas prioridades do orçamento”, afirmou.
A votação do orçamento foi a última sessão oficial do vereador Milton Leite (União) como presidente da Câmara, cargo que ocupou por quatro mandatos consecutivos. Ele não disputou as eleições e deixará a Câmara a partir do dia 1º de janeiro.
Com a aprovação do orçamento, a Câmara Municipal encerra seus trabalhos para 2024. Na mesma sessão, os vereadores também aprovaram um projeto que autoriza a derrubada de 10 mil árvores para a construção de um aterro sanitário em São Mateus, na zona leste da cidade.
O novo orçamento reflete uma gestão que, segundo a administração municipal, tem se esforçado para melhorar a saúde financeira da cidade. A renegociação da dívida em 2016, que reduziu o montante de R$ 138,8 bilhões para R$ 68,7 bilhões, foi um dos fatores que contribuíram para a atual situação financeira favorável. Além disso, a gestão atual menciona a revisão da legislação tributária e um programa de desestatizações que resultou em R$ 2,1 bilhões em arrecadação.
Com o orçamento robusto, a Prefeitura de São Paulo se prepara para enfrentar os desafios do próximo ano, priorizando áreas essenciais como educação, saúde e habitação, com o intuito de promover melhorias significativas na qualidade de vida dos paulistanos.
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