Com 148 fatalidades previstas, 2024 se destaca como o ano mais trágico para a aviação brasileira em dez anos.
23 de Dezembro de 2024 às 10h31

2024 registra o maior número de mortes em acidentes aéreos na última década

Com 148 fatalidades previstas, 2024 se destaca como o ano mais trágico para a aviação brasileira em dez anos.

O Brasil enfrenta um cenário alarmante em 2024, que se configura como o ano com o maior número de mortes em acidentes aéreos na última década. A cada 58 horas, uma morte é registrada em decorrência de tragédias aéreas, conforme levantamento realizado por especialistas. O dado é ainda mais preocupante com a recente queda de uma aeronave em Gramado, no Rio Grande do Sul, que deve elevar o total de fatalidades para ao menos 148.

A tragédia em Gramado, ocorrida no último domingo (22), deixou um rastro de destruição e dor. O voo, que partiu do aeroporto de Canela com destino a Jundiaí, em São Paulo, caiu poucos minutos após a decolagem. As causas do acidente ainda estão sob investigação, mas a expectativa é de que esse evento impacte significativamente as estatísticas de segurança na aviação.

Até o dia 17 de dezembro, o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) registrou 138 mortes em acidentes aéreos no Brasil. Este número representa um aumento considerável em comparação aos anos anteriores, quando em 2023 foram contabilizadas 77 mortes e em 2022 apenas 49. O ano de 2017, que havia sido o segundo mais letal, registrou 104 fatalidades.

O Cenipa também reportou que, até a mesma data, ocorreram 166 acidentes aéreos no país, sendo 40 deles fatais. O acidente mais significativo que contribuiu para o aumento das mortes em 2024 foi a queda de um avião da Voepass, em agosto, em Vinhedo, São Paulo. Esta tragédia, que resultou na morte de 62 pessoas, é considerada a mais letal da aviação brasileira desde 2007.

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Historicamente, o maior acidente aéreo em voo comercial no Brasil ocorreu em 2007, quando um Airbus A320 da Tam, atualmente Latam, colidiu com um prédio em São Paulo, resultando na morte de 199 pessoas. Após esse evento, o Ministério da Infraestrutura implementou medidas de segurança mais rigorosas nos aeroportos, visando evitar tragédias semelhantes.

Além disso, em 2009, um Airbus A330 da Air France caiu no Oceano Atlântico, levando à morte de 228 pessoas. A investigação revelou falhas nos tubos de pitot, que medem a velocidade da aeronave, o que causou confusão entre os pilotos e resultou em um estol da aeronave.

O acidente que vitimou o time de futebol da Chapecoense, em 2016, também é um marco trágico na história da aviação brasileira, com 71 mortes. A falta de combustível foi identificada como a causa do desastre, que deixou apenas seis sobreviventes.

Com o aumento das fatalidades e a frequência dos acidentes, a aviação brasileira enfrenta um momento crítico. As autoridades continuam a investigar as causas dos acidentes recentes, enquanto a sociedade clama por mais segurança nos voos.

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