Banco Central realizará leilão à vista de até US$ 3 bilhões para conter a valorização da moeda americana
26 de Dezembro de 2024 às 09h25

Dólar abre em alta a R$ 6,16 com leilão do BC programado para hoje

Banco Central realizará leilão à vista de até US$ 3 bilhões para conter a valorização da moeda americana

O dólar comercial iniciou a sessão desta quinta-feira, 26 de dezembro, em alta, sendo cotado a R$ 6,16. A elevação ocorre em meio a expectativas de um novo leilão do Banco Central do Brasil (BC), que está programado para ocorrer a partir das 9h15 e poderá vender até US$ 3 bilhões no mercado à vista.

Na última segunda-feira, a moeda americana já havia apresentado uma valorização significativa, subindo quase 2% e fechando a R$ 6,18. Essa alta levou o BC a anunciar a intervenção no mercado cambial, uma medida que visa estabilizar a cotação da moeda e evitar flutuações excessivas.

Desde o início de dezembro, o Banco Central tem realizado intervenções regulares, injetando um total de US$ 27,76 bilhões no mercado financeiro. Essa ação tem sido uma tentativa de controlar a volatilidade do dólar, que se intensificou devido a preocupações com a política fiscal do governo e a sustentabilidade da dívida pública.

O cenário econômico atual é marcado por um noticiário esvaziado, especialmente em função das festividades de fim de ano, o que leva os investidores a voltarem suas atenções para o mercado internacional. Recentemente, a China anunciou um aumento em seu estímulo fiscal, com a emissão de 3 trilhões de iuanes (aproximadamente US$ 411 bilhões) em títulos públicos especiais, o que, se concretizado, será um recorde histórico.

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Além disso, o governo japonês também fez declarações otimistas, prevendo que a produção econômica do país alcançará sua capacidade total no próximo ano fiscal, pela primeira vez em sete anos, impulsionada por um mercado de trabalho aquecido.

O Ibovespa futuro, por sua vez, começou a sessão em queda de 0,18%, aos 121.945 pontos, refletindo a cautela dos investidores diante da instabilidade do câmbio e das incertezas fiscais. A aprovação recente de um pacote de cortes de gastos pelo Congresso, que revisou a previsão de economia do governo de R$ 71,9 bilhões para R$ 69,8 bilhões, também contribui para a apreensão no mercado.

Com a semana encurtada devido ao feriado de Natal, os investidores permanecem atentos às movimentações do mercado internacional e às possíveis repercussões das decisões do Banco Central. A expectativa é de que a intervenção de hoje possa ajudar a conter a pressão sobre o real e estabilizar a cotação do dólar.

Os dados de pedidos semanais de auxílio-desemprego nos Estados Unidos e a arrecadação de impostos federais de novembro no Brasil também estão na agenda dos investidores, que buscam sinais sobre a saúde econômica global e local.

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