Sonda Parker da Nasa completa aproximação recorde ao Sol e está em boas condições

A sonda solar Parker, da Nasa, fez história ao atingir a menor distância já registrada por um objeto feito pelo homem em relação ao Sol. No dia 24 de dezembro, a nave se aproximou a apenas 6,1 milhões de quilômetros da superfície solar, entrando na atmosfera externa do astro, conhecida como coroa.

Após essa impressionante aproximação, a Nasa confirmou que a sonda está “segura e em operação normal”. O Laboratório de Física Aplicada da Universidade Johns Hopkins, em Maryland, recebeu um sinal da Parker pouco antes da meia-noite do dia 27, indicando que a missão continua a progredir conforme o planejado.

Dr. Nicola Fox, chefe de ciência da Nasa, expressou entusiasmo com o feito: “É um momento de celebração, pois estamos quebrando recordes e avançando em nosso entendimento sobre o Sol”. A Parker, lançada em agosto de 2018, tem como objetivo coletar dados que ajudem a desvendar os mistérios da estrela mais próxima da Terra.

Durante a aproximação, a sonda enfrentou temperaturas extremas, chegando a suportar até 982 °C. Para proteger seus instrumentos, a Parker é equipada com um escudo térmico de 11,43 cm de espessura, que permite que os dispositivos internos operem a uma temperatura segura de aproximadamente 29 °C.

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Os dados coletados pela Parker são fundamentais para os cientistas entenderem fenômenos como o aquecimento da coroa solar, a origem do vento solar e a aceleração de partículas a velocidades próximas à da luz. O vento solar, que é um fluxo contínuo de material que se desprende do Sol, tem implicações significativas para a vida na Terra, afetando a atmosfera e a tecnologia.

A missão da Parker inclui a realização de 24 órbitas ao redor do Sol ao longo de sete anos, e a sonda já completou 21 delas. A expectativa é que mais dados detalhados sobre o status da missão sejam enviados à Terra no dia 1º de janeiro.

Além de ser um marco na exploração espacial, a Parker também é um tributo ao Dr. Eugene N. Parker, que propôs a teoria do vento solar. Dr. Julia Stawarz, da Universidade de Northumbria, destacou a importância das medições feitas pela sonda: “Essas informações nos ajudarão a responder perguntas fundamentais sobre o comportamento do Sol e sua atmosfera, questões que nos intrigam desde o início da era espacial”.

Com uma velocidade impressionante de 690 mil km/h, a Parker se tornou o objeto mais rápido já criado pelo homem. A sonda utiliza a gravidade de Vênus para aumentar sua velocidade e reduzir sua órbita em torno do Sol, permitindo que ela se aproxime cada vez mais do astro.

O sucesso da missão Parker representa um avanço significativo na compreensão dos fenômenos solares e suas interações com o sistema solar, contribuindo para o conhecimento científico e tecnológico da humanidade.