Em uma ação mediada pelos Emirados Árabes Unidos, 150 soldados de cada lado retornam aos seus países após meses de conflito.
30 de Dezembro de 2024 às 13h00

Rússia e Ucrânia realizam troca de 300 prisioneiros de guerra em nova negociação

Em uma ação mediada pelos Emirados Árabes Unidos, 150 soldados de cada lado retornam aos seus países após meses de conflito.

Em meio ao prolongado conflito que assola a Europa Oriental, a Rússia e a Ucrânia anunciaram a troca de 300 prisioneiros de guerra, com 150 soldados de cada lado retornando para suas respectivas nações. O anúncio foi feito pelo Ministério da Defesa russo nesta segunda-feira, 30 de dezembro.

A negociação, que envolveu meses de diálogo, foi mediada pelos Emirados Árabes Unidos, que desempenharam um papel crucial na facilitação do acordo entre os dois países. O comunicado do Ministério da Defesa da Rússia destacou a importância desse ato humanitário em meio à escalada do conflito.

“No dia 30 de dezembro, como resultado do processo de negociação, 150 militares russos foram devolvidos do território controlado pelo regime de Kiev. Em troca, 150 prisioneiros de guerra foram transferidos para as Forças Armadas Ucranianas”, afirmou o ministério em um comunicado oficial.

A última troca de prisioneiros entre Moscou e Kiev ocorreu em setembro, quando 103 militares de cada lado foram libertados. Desde então, a situação no campo de batalha se intensificou, levando a um aumento nas tensões entre os dois países.

Os soldados libertados na nova troca foram inicialmente enviados para Belarus, de onde retornaram à Rússia. Essa movimentação é vista como um passo positivo em um cenário de hostilidades contínuas, onde a diplomacia ainda busca espaço para soluções pacíficas.

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O conflito entre Rússia e Ucrânia, que começou em 2014, já resultou em milhares de mortes e um número incalculável de deslocados. A troca de prisioneiros é um dos poucos momentos em que as partes conseguem encontrar um terreno comum, mesmo que temporariamente.

Analistas apontam que essa troca pode abrir portas para futuras negociações, embora a desconfiança entre os dois lados permaneça alta. A comunidade internacional observa atentamente os desdobramentos, na esperança de que ações humanitárias como essa possam contribuir para um diálogo mais amplo.

A troca de prisioneiros é um lembrete de que, apesar das hostilidades, a vida humana deve ser priorizada, e que esforços diplomáticos são essenciais para a resolução do conflito. A continuidade dessas negociações será crucial para o futuro das relações entre Rússia e Ucrânia.

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