Trump assume presidência dos EUA com bandeiras a meio-mastro
O ex-presidente Donald Trump criticou a homenagem ao falecido Jimmy Carter, que morreu em 29 de dezembro. Entenda o contexto.
O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, do Partido Republicano, tomará posse no próximo dia 20 de janeiro como o 47º presidente do país. No entanto, a cerimônia será marcada por um gesto simbólico de luto: bandeiras em todo o território americano estarão a meio-mastro.
A decisão de baixar as bandeiras foi tomada em decorrência da morte do ex-presidente democrata Jimmy Carter, ocorrida em 29 de dezembro de 2024. Carter, que governou os Estados Unidos entre 1977 e 1981, é lembrado por sua abordagem humanitária e por enfrentar crises significativas, como a crise do petróleo e a inflação alta. A prática de abaixar as bandeiras a meio-mastro é uma tradição que expressa luto por figuras públicas falecidas, especialmente ex-presidentes, e costuma durar 30 dias.
Trump, conhecido por suas opiniões contundentes, não hesitou em criticar a decisão. Em uma postagem em sua rede social, Truth Social, na sexta-feira, 3 de janeiro de 2025, ele questionou a razão pela qual o gesto de luto seria realizado “pela primeira vez durante a posse de um futuro presidente”.
O ex-presidente afirmou: “Ninguém quer ver isso e nenhum norte-americano pode ficar feliz com isso”. Essa declaração reflete a relação tensa entre Trump e Carter, que já foi alvo de críticas severas por parte do republicano, que o chamou de “o pior presidente” da história dos Estados Unidos.
Por outro lado, Carter também não poupou críticas à administração de Trump, especialmente em relação à alegada interferência da Rússia nas eleições de 2016. Após a morte de Carter, Trump suavizou seu tom e reconheceu as contribuições do ex-presidente, além de confirmar sua presença no funeral, que ocorrerá na quinta-feira, 9 de janeiro.
Essa não é a primeira vez que Trump se envolve em controvérsias relacionadas a homenagens póstumas. Em 2018, após a morte do senador John McCain, também republicano, Trump inicialmente ordenou que a bandeira da Casa Branca fosse hasteada a todo mastro, desconsiderando a tradição de abaixá-la. Após pressões de membros de seu próprio partido, o então presidente reverteu sua decisão e a bandeira foi abaixada.
A posse de Trump, marcada por esse gesto de luto, traz à tona não apenas a figura de Jimmy Carter, mas também as complexas relações políticas que permeiam a história recente dos Estados Unidos. A expectativa agora é como a cerimônia se desenrolará sob a sombra dessa homenagem e as reações que ela poderá provocar entre os cidadãos e os políticos.
O luto oficial de um mês em homenagem a Carter, que se destacou por sua postura ética e humanitária, contrasta com a polarização política que caracteriza o cenário atual. A presença de Trump na cerimônia de despedida de Carter poderá ser vista como um sinal de respeito, mas também como um momento de reflexão sobre as divisões que marcam a política americana contemporânea.
Com a posse se aproximando, o foco se volta para a agenda que Trump pretende implementar durante seu novo mandato e como ele lidará com as críticas e expectativas que cercam sua administração.
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