Petróleo encerra em queda após atingir maior valor desde abril de 2022
Contratos futuros de petróleo recuam com sanções contra a Rússia e aumento na demanda de combustíveis em meio ao frio
Os contratos futuros de petróleo fecharam em queda nesta segunda-feira, 6, após alcançarem o maior valor desde abril de 2022. O movimento foi influenciado por um dólar enfraquecido e pelas expectativas de sanções mais rigorosas contra a Rússia e o Irã. Além disso, as previsões meteorológicas indicam um aumento na demanda por combustíveis devido ao frio.
Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para fevereiro teve uma queda de 0,54%, ou US$ 0,40, encerrando a sessão a US$ 73,56 por barril. Já o Brent, negociado na Intercontinental Exchange (ICE) para março, recuou 0,27%, ou US$ 0,21, fechando a US$ 76,30 por barril.
De acordo com informações da Reuters, a administração do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, está preparando um pacote robusto de sanções direcionadas à Rússia. O foco principal será em petroleiros que transportam petróleo vendido acima do limite de US$ 60 por barril, imposto pelo Ocidente.
Essas novas medidas visam atingir empresas russas do setor petrolífero, traders, seguradoras e mais de 100 embarcações, com o objetivo de reduzir a receita de Moscou em sua guerra contra a Ucrânia.
As autoridades norte-americanas já informaram a Índia sobre as novas sanções, enquanto o futuro dessas políticas sob um possível novo governo de Donald Trump permanece incerto.
Em meio a esse cenário, a Saudi Aramco, principal exportadora de petróleo do mundo, anunciou um aumento nos preços de venda para compradores na Ásia pela primeira vez em três meses. Esse movimento geralmente indica expectativas de uma demanda mais firme.
Analistas da Saxo destacam que “o petróleo bruto teve um forte aumento na semana passada. No entanto, a vantagem parece limitada devido às incertezas da demanda e à elevada capacidade ociosa da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep+)”.
Além disso, Biden decidiu proibir novas perfurações de petróleo e gás offshore na maioria das águas costeiras dos EUA, como uma medida de última hora para impedir uma possível expansão das atividades de perfuração pelo novo governo de Trump.
A situação do mercado de petróleo continua a ser monitorada de perto, especialmente em um momento de incertezas geopolíticas e climáticas que podem impactar a oferta e a demanda global.
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