São Paulo terá a 8ª tarifa de ônibus mais alta entre capitais brasileiras
Florianópolis lidera o ranking com o maior valor, impactando o orçamento das famílias
O aumento das tarifas de ônibus em diversas capitais brasileiras está se tornando uma realidade em 2025, com São Paulo se destacando ao ocupar a 8ª posição no ranking das tarifas mais altas do país. A capital paulista, que já enfrenta desafios em sua malha viária, verá o custo da passagem subir para R$ 5,00, um reflexo do aumento dos custos operacionais e da inflação.
Florianópolis, por sua vez, lidera a lista com a tarifa mais elevada, fixada em R$ 6,90, quando o pagamento é feito em dinheiro ou via QR Code. Para aqueles que utilizam cartões, o valor pode variar entre R$ 5,75 e R$ 6,75, dependendo do tipo de cartão utilizado.
O levantamento das tarifas foi realizado com base em dados coletados de várias capitais, revelando que Porto Velho e Curitiba também figuram entre as cidades com tarifas elevadas, ambas cobrando R$ 6,00. Belo Horizonte segue com uma tarifa de R$ 5,75 para linhas convencionais, enquanto Brasília e Boa Vista têm tarifas de R$ 5,50.
As tarifas mais acessíveis estão em Macapá, com R$ 3,70, seguida por Palmas, que cobra R$ 3,85, e Rio Branco, com a tarifa de R$ 3,50. Essas cidades subsidiam parte dos custos para manter os preços baixos, uma estratégia que pode ser considerada por outras capitais diante do aumento geral das tarifas.
O impacto do aumento das tarifas de ônibus é significativo, especialmente para as famílias de baixa renda, que já enfrentam dificuldades financeiras. O reajuste nas tarifas de transporte público é um dos serviços que mais tem sofrido com os aumentos, refletindo a pressão inflacionária sobre o setor.
O prefeito reeleito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), justificou a necessidade do aumento, citando a inflação e a alta do dólar como fatores determinantes para a decisão. Ele destacou que o reajuste é uma medida necessária para equilibrar o orçamento municipal e garantir a continuidade dos serviços de transporte.
Além de São Paulo, outras capitais também anunciaram aumentos nas tarifas, como o Rio de Janeiro, onde o prefeito Eduardo Paes (PSD) anunciou um novo valor para a passagem logo após sua posse. Paes defendeu a importância de um reajuste anual para evitar desequilíbrios orçamentários.
Em Recife, o Conselho Superior de Transporte Metropolitano (CSTM) aprovou um aumento de 4,29% nas tarifas, que entrará em vigor em 5 de janeiro de 2025. Essa medida é parte de um movimento mais amplo de reajustes que afeta a mobilidade urbana em várias regiões do Brasil.
O cenário atual das tarifas de ônibus evidencia a necessidade de um debate mais profundo sobre a mobilidade urbana e as políticas de subsídio, visando garantir que o transporte público continue acessível a todos os cidadãos. Com o aumento das tarifas, a pressão sobre os orçamentos familiares tende a crescer, exigindo atenção das autoridades locais.
O levantamento das tarifas de ônibus e os aumentos programados para 2025 ressaltam a importância de um planejamento adequado para o transporte público, que deve considerar não apenas os custos operacionais, mas também o impacto social das tarifas sobre a população.
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