O presidente eleito dos EUA, Donald Trump, não descarta o uso de força militar para retomar o controle do Canal do Panamá.
07 de Janeiro de 2025 às 15h39

Trump menciona possibilidade de realizar ações militares para controle do canal do Panamá

O presidente eleito dos EUA, Donald Trump, não descarta o uso de força militar para retomar o controle do Canal do Panamá.

O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, fez declarações polêmicas nesta terça-feira (7), durante uma coletiva de imprensa em Mar-a-Lago, onde abordou a possibilidade de renomear o Golfo do México para 'Golfo da América'. Além disso, Trump não descartou o uso de ações militares para retomar o controle do Canal do Panamá, uma via estratégica que liga os oceanos Pacífico e Atlântico.

Trump afirmou: “Vamos mudar o nome do Golfo do México para 'Golfo da América'. Isso cobre muito território, o Golfo da América — que nome lindo. E é apropriado”, disse o republicano, enfatizando a importância da mudança de nome.

O Canal do Panamá, que foi entregue ao Panamá no final dos anos 70, durante a presidência de Jimmy Carter, é considerado vital para a segurança econômica dos Estados Unidos. Trump criticou a atual administração do canal, que, segundo ele, está sob controle da China. “O Canal do Panamá foi construído para o Exército dos EUA. Ele é vital ao nosso país e está sendo operado pela China, e estão fazendo uma catástrofe. Dar o canal do Panamá ao Panamá foi um grande erro”, declarou Trump.

Durante a coletiva, o presidente eleito foi questionado se se comprometeria a não usar a força militar para retomar o controle do canal. Ele respondeu: “Não vou me comprometer. Talvez tenha de fazer algo”, insinuando que ações militares poderiam ser consideradas.

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Trump também mencionou que o Panamá estaria violando tratados com os EUA e acusou o país centro-americano de ter entregue o canal ao controle chinês. “Demos o canal ao Panamá, não para a China”, insistiu, ressaltando que a obra custou aos EUA o equivalente a US$ 1 trilhão.

Além das questões relacionadas ao canal, Trump reiterou sua intenção de implementar tarifas sobre produtos mexicanos, afirmando que isso seria parte de uma mudança na relação entre os EUA e o México. Ele também fez referência à Groenlândia, afirmando que não há garantias de que o território pertença à Dinamarca, e que a presença de navios russos e chineses na região é uma preocupação.

O presidente eleito, que assume o cargo em breve, tem se mostrado cada vez mais assertivo em suas declarações sobre a política externa dos EUA, prometendo uma abordagem mais agressiva em relação a países que considera estratégicos. A possibilidade de ações militares no Panamá e na Groenlândia reflete uma postura que pode impactar as relações diplomáticas dos EUA com esses países.

Trump também fez comentários sobre a administração do presidente Joe Biden, afirmando que a guerra na Ucrânia não teria ocorrido se ele estivesse no poder. Ele criticou a atual política externa dos EUA e prometeu reverter várias das decisões tomadas pela administração Biden.

Com essas declarações, Trump reafirma sua intenção de moldar a política externa dos EUA de acordo com sua visão, o que pode gerar repercussões significativas nas relações internacionais e na segurança regional.

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