Durante coletiva em Mar-a-Lago, Trump criticou México e falou sobre o Canal do Panamá.
07 de Janeiro de 2025 às 18h14

Trump propõe renomear Golfo do México para 'Golfo da América' em coletiva

Durante coletiva em Mar-a-Lago, Trump criticou México e falou sobre o Canal do Panamá.

O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou em uma coletiva de imprensa realizada em Mar-a-Lago, na Flórida, que pretende renomear o Golfo do México para "Golfo da América". A declaração foi feita na terça-feira, 7 de janeiro, e gerou repercussão tanto nacional quanto internacional.

Trump justificou sua proposta afirmando que o golfo é uma região onde os Estados Unidos realizam a maior parte do trabalho e, portanto, o novo nome seria mais apropriado. Ele disse: “Vamos mudar o nome do Golfo do México para ‘Golfo da América’. Que nome lindo. E é apropriado.” Contudo, não forneceu detalhes sobre como essa mudança de nome seria implementada.

O Golfo do México é o maior golfo do mundo, com uma área de aproximadamente 1,55 milhão de km², e é conhecido por sua rica biodiversidade e reservas de petróleo. A região é vital para a economia dos Estados Unidos, sendo responsável por uma grande parte da produção de petróleo e gás natural do país.

Além de sua proposta de renomeação, Trump aproveitou a coletiva para criticar o México, responsabilizando-o pela imigração ilegal e pelo aumento do tráfico de drogas nos Estados Unidos. Ele afirmou que o país vizinho deve tomar medidas para impedir a entrada de imigrantes e ameaçou impor tarifas severas ao México e ao Canadá.

“O México tem que parar de permitir que milhões de pessoas entrem em nosso país. Eles podem pará-los. E vamos colocar tarifas muito sérias no México e no Canadá, porque as drogas que estão chegando estão em números recordes,” disse Trump, reiterando sua postura dura em relação à imigração.

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Em outro ponto da coletiva, Trump voltou a mencionar o Canal do Panamá, expressando seu interesse em ter controle sobre a região. Ele não descartou a possibilidade de usar força militar ou medidas econômicas para garantir o domínio do canal, que, segundo ele, é crucial para a segurança econômica dos Estados Unidos.

“O Canal do Panamá foi construído para nossos militares. Ele está sendo operado pela China e nós demos o Canal do Panamá ao Panamá. Não o demos à China, e eles abusaram dele,” afirmou o presidente eleito, enfatizando a importância estratégica da via navegável.

Trump, que tomará posse no dia 20 de janeiro, tem demonstrado uma visão expansionista desde sua campanha eleitoral, incluindo propostas de anexar o Canadá e adquirir a Groenlândia. Durante a coletiva, ele também fez menções a questões internacionais, como a situação de reféns em Gaza, prometendo uma resposta severa caso não sejam liberados antes de sua posse.

A proposta de renomear o Golfo do México não é inédita. Em 2012, um legislador do Mississippi havia sugerido uma mudança semelhante, mas acabou recuando, afirmando que se tratava de uma piada. A ideia também foi mencionada de forma humorística pelo comediante Stephen Colbert durante o vazamento de petróleo da BP em 2010.

A coletiva de Trump gerou reações variadas, com críticos apontando que suas declarações refletem uma postura agressiva e nacionalista, enquanto apoiadores veem suas propostas como uma forma de reafirmar a soberania americana.

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