Presidente eleito dos EUA faz declarações contundentes sobre a situação em Gaza durante coletiva em Mar-a-Lago.
07 de Janeiro de 2025 às 17h24

Trump ameaça caos no Oriente Médio se reféns não forem libertados até sua posse

Presidente eleito dos EUA faz declarações contundentes sobre a situação em Gaza durante coletiva em Mar-a-Lago.

O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, fez uma declaração alarmante nesta terça-feira (7), afirmando que se os reféns mantidos pelo grupo terrorista Hamas não forem libertados até sua posse, marcada para 20 de janeiro, "o inferno vai se instaurar no Oriente Médio". Durante uma coletiva de imprensa em sua residência em Mar-a-Lago, na Flórida, Trump enfatizou que a situação não será favorável nem para o Hamas, nem para qualquer outra parte envolvida.

“Se eles não estiverem de volta quando eu assumir, o inferno vai se instaurar. Não será bom para o Hamas e, francamente, não será bom para ninguém. O caos será instaurado”, declarou Trump, que já havia feito ameaças semelhantes durante sua campanha presidencial.

Na mesma coletiva, Steve Witkoff, escolhido por Trump como seu enviado especial para o Oriente Médio, expressou otimismo em relação às negociações para a libertação dos reféns. Ele afirmou que os negociadores estão "fazendo muito progresso" e que espera que até a posse do presidente eleito haja boas notícias a serem anunciadas.

Witkoff ressaltou que a reputação de Trump está influenciando positivamente as negociações. “É o presidente, sua reputação, as coisas que ele disse que estão conduzindo essa negociação. Espero que tudo dê certo e que possamos salvar algumas vidas”, afirmou.

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No entanto, um alto funcionário da administração Biden adotou um tom mais cauteloso, afirmando que as negociações continuam sendo "difíceis". O oficial, que preferiu não ser identificado, destacou que a administração Biden está trabalhando em "estreita coordenação" com a equipe de segurança nacional de Trump.

A administração Biden tem tentado, sem sucesso, facilitar um cessar-fogo em Gaza há mais de um ano. Embora um primeiro cessar-fogo, ocorrido semanas após o ataque de 7 de outubro de 2023, tenha resultado na libertação de dezenas de reféns, os esforços subsequentes para pausar os combates e garantir a libertação de mais reféns não avançaram.

Witkoff também mencionou que planeja retornar a Doha, no Catar, para continuar as discussões sobre o acordo de libertação dos reféns. O coordenador do Oriente Médio da Casa Branca, Brett McGurk, está na região para trabalhar no acordo de cessar-fogo em Gaza.

As tensões na região aumentaram desde o início do conflito, que resultou em milhares de mortes e um número significativo de reféns em poder do Hamas. A situação continua a ser monitorada de perto pelas autoridades americanas e internacionais.

O futuro da negociação e a possibilidade de um acordo antes da posse de Trump permanecem incertas, mas a pressão para a libertação dos reféns é crescente.

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