Henrique Marival de Sousa, guarda civil, foi acusado de assassinar Adilson Custódio Moreira durante reunião na prefeitura.
07 de Janeiro de 2025 às 15h59

Justiça decreta prisão preventiva de GCM que matou secretário-adjunto em Osasco

Henrique Marival de Sousa, guarda civil, foi acusado de assassinar Adilson Custódio Moreira durante reunião na prefeitura.

A Justiça de São Paulo determinou, nesta terça-feira (7), a prisão preventiva do guarda civil municipal Henrique Marival de Sousa, de 46 anos, acusado de assassinar o secretário-adjunto de Segurança e Controle Urbano de Osasco, Adilson Custódio Moreira, de 53 anos. O crime ocorreu na tarde de segunda-feira (6), durante uma reunião na sede da prefeitura da cidade, localizada na Grande São Paulo.

De acordo com informações preliminares, a reunião tinha como objetivo discutir a reorganização das equipes de segurança do novo governo municipal. O clima era amistoso, e Moreira conversava individualmente com os guardas civis presentes. Após a saída de um colega, Marival questionou o secretário-adjunto sobre mudanças em sua escala de trabalho, que o deixariam insatisfeito.

O comandante da Guarda Civil Municipal (GCM), Erivan Gomes, relatou que Marival demonstrou um “desequilíbrio emocional” antes de efetuar os disparos. “Ele se sentiu desprestigiado e, em um momento de descontrole, disparou contra o secretário-adjunto e trancou a porta da sala, impedindo o acesso de outros colegas”, afirmou Gomes.

Após o crime, o guarda civil se entregou à polícia, que apreendeu uma pistola .40 e um simulacro de arma de fogo. Durante a audiência de custódia, realizada por volta das 11h20, a prisão em flagrante foi convertida em preventiva, o que significa que Marival permanecerá detido até a decisão final do caso.

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Adilson Custódio Moreira, natural de Jequitinhonha, Minas Gerais, tinha uma longa trajetória na segurança pública. Ele ingressou na Guarda Civil de Osasco em 1992 e, ao longo dos anos, ocupou diversas funções, incluindo a de secretário-adjunto, cargo que assumiu em 2019. Moreira era conhecido por sua postura respeitosa e por manter um bom relacionamento com os colegas de trabalho.

O corpo do secretário-adjunto foi velado na prefeitura de Osasco, e o sepultamento está agendado para às 17h no cemitério Bela Vista. A morte de Moreira gerou comoção entre os colegas e a comunidade, que lamentam a perda de um profissional dedicado à segurança da cidade.

Testemunhas relataram que já havia desavenças entre Marival e Moreira, especialmente devido à relação do guarda civil com o prefeito de Osasco, Gerson Pessoa, do Podemos. A tensão entre os dois culminou na tragédia, que chocou a cidade e levantou questões sobre a saúde mental dos profissionais de segurança pública.

A GCM de Osasco possui um setor psicossocial que oferece suporte aos agentes, mas a situação de Marival, que estava em serviço administrativo, não foi suficiente para evitar o desfecho trágico. O comandante Gomes destacou a importância de um acompanhamento psicológico mais eficaz para prevenir incidentes como este no futuro.

O caso segue sob investigação da Polícia Civil, que busca esclarecer todos os detalhes do crime e as motivações que levaram ao ato violento. A comunidade aguarda respostas e justiça para a morte do secretário-adjunto, que dedicou sua vida ao serviço público e à segurança da população de Osasco.

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