São Paulo considera insuficientes 100 mil doses de vacina contra febre amarela enviadas
Após casos de febre amarela em macacos, estado pede mais vacinas ao Ministério da Saúde.
O estado de São Paulo recebeu recentemente 100 mil doses adicionais da vacina contra a febre amarela, enviadas pelo Ministério da Saúde. A medida foi adotada após a confirmação de casos da doença em macacos na Universidade de São Paulo (USP) em Ribeirão Preto. Contudo, as autoridades de saúde do estado consideram essa quantidade insuficiente para atender à demanda.
Na última segunda-feira (6), o Ministério da Saúde anunciou o envio das doses extras como parte de uma estratégia para intensificar a vacinação contra a febre amarela, especialmente após o registro de quatro macacos bugio que testaram positivo para a doença. Esses primatas, embora não transmitam a febre amarela diretamente aos humanos, são considerados indicadores da circulação do vírus na região.
A Secretaria de Saúde de São Paulo já havia iniciado uma campanha de vacinação em resposta aos casos identificados, mas a quantidade de vacinas recebidas não atende às expectativas. O estado já havia solicitado um número maior de imunizantes, considerando a necessidade de proteger a população e evitar um possível surto da doença.
O Programa Nacional de Imunizações (PNI) já distribuiu mais de 20 milhões de doses de vacinas em todo o Brasil em 2024, sendo 4 milhões destinadas a São Paulo. Além disso, o PNI planeja entregar mais 600 mil doses ao estado ainda neste mês.
O ciclo da febre amarela no Brasil é atualmente silvestre, com transmissão ocorrendo por meio de mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes. Os últimos casos urbanos da doença foram registrados em 1942, e a vacinação é a principal ferramenta de prevenção. A vacina está disponível em todos os postos de saúde do estado e é recomendada para a população, especialmente para aqueles que residem ou transitam por áreas de risco.
Os sintomas da febre amarela incluem febre, calafrios, dores de cabeça, dores no corpo, náuseas e fraqueza. A doença pode levar a complicações graves, e a vacinação é essencial para evitar a propagação do vírus.
As autoridades de saúde de São Paulo reforçam a importância da vacinação e alertam a população sobre a necessidade de se imunizar, especialmente em face dos novos casos registrados. A detecção precoce da circulação do vírus em primatas é crucial para a implementação de medidas de controle e prevenção.
Enquanto isso, a Secretaria de Saúde do estado continua a monitorar a situação e a trabalhar em conjunto com o Ministério da Saúde para garantir que a vacinação seja realizada de forma eficaz e que a população esteja protegida contra a febre amarela.
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