Casos de febre amarela em macacos são confirmados na USP de Ribeirão Preto
Quatro primatas encontrados mortos apresentaram infecção; vacinação será intensificada na região
A Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo confirmou, nesta segunda-feira (6), que quatro macacos encontrados mortos no campus da Universidade de São Paulo (USP), em Ribeirão Preto, estavam infectados com febre amarela. A confirmação foi feita após análises realizadas pelo Instituto Adolfo Lutz, referência em diagnósticos de doenças infecciosas.
O caso foi identificado entre o Natal e o Ano Novo, quando os primatas foram encontrados em uma área de mata do campus. As amostras foram coletadas e enviadas ao laboratório, que detectou a presença do vírus em todos os quatro macacos.
Em resposta à situação, a Secretaria de Saúde anunciou a vacinação de bloqueio para os moradores do campus e para aqueles que residem em um raio de 300 metros do local. Para isso, foram remanejadas 20 mil doses da vacina contra a febre amarela para a Vigilância Epidemiológica de Ribeirão Preto.
É importante esclarecer que, embora os macacos sejam considerados os principais hospedeiros do vírus, eles não transmitem a febre amarela diretamente. A infecção é propagada por mosquitos silvestres, como o Aedes aegypti, que também é vetor de outras doenças, como dengue e zika.
A Secretaria de Saúde ressaltou que o risco de contaminação é maior em áreas de mata e zonas rurais, onde os humanos são considerados hospedeiros acidentais. Em ambientes urbanos, a febre amarela é considerada erradicada no Brasil desde a década de 1940.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), uma única dose da vacina é suficiente para garantir proteção ao longo da vida. No entanto, é recomendado que pessoas que planejam viajar para áreas de risco se vacinem pelo menos 10 dias antes do deslocamento.
Os sintomas iniciais da febre amarela incluem febre súbita, calafrios, dor de cabeça intensa, dores nas costas, dores no corpo, náuseas e vômitos, fadiga e fraqueza. Em casos mais graves, a doença pode levar à morte.
A Secretaria de Saúde do Estado orienta que, ao identificar macacos mortos na região, a população deve informar imediatamente as autoridades sanitárias, preferencialmente a Vigilância ou o Controle de Zoonoses.
Até o momento, não há registros de febre amarela em humanos na cidade de Ribeirão Preto, mas a vigilância se intensificará para garantir a segurança da população e evitar a propagação da doença.
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