EUA aumentam recompensa para US$ 25 milhões por informações que levem à prisão de Maduro
Os Estados Unidos aumentaram a recompensa por informações que levem à prisão do presidente venezuelano Nicolás Maduro.
Os Estados Unidos anunciaram nesta sexta-feira (10) um aumento significativo na recompensa por informações que possam levar à prisão do presidente venezuelano, Nicolás Maduro. O valor foi elevado para US$ 25 milhões (aproximadamente R$ 152,3 milhões), em resposta a acusações de tráfico de drogas e corrupção envolvendo o mandatário e seu governo.
A decisão ocorre no mesmo dia em que Maduro foi empossado para um terceiro mandato, após uma eleição considerada fraudulenta por diversos países, incluindo os EUA. As autoridades americanas também destacaram que a recompensa se estende ao ministro do Interior, Diosdado Cabello, que é visto como uma figura-chave no regime venezuelano.
Além de Maduro e Cabello, o governo do presidente Joe Biden anunciou uma recompensa de US$ 15 milhões (cerca de R$ 91 milhões) por informações sobre o ministro da Defesa, Vladimir Padrino, que é uma das principais figuras militares do país.
As sanções e recompensas foram implementadas em um contexto de crescente tensão entre os EUA e o governo venezuelano, que tem sido criticado por sua repressão a opositores e por violações de direitos humanos. O Departamento de Estado americano reafirmou que Maduro e seus aliados estão envolvidos em atividades ilícitas que afetam a segurança regional.
O aumento da recompensa reflete a estratégia dos EUA de pressionar o regime de Maduro, que tem enfrentado uma crise política e econômica sem precedentes. A administração Biden tem buscado formas de isolar o governo venezuelano, ao mesmo tempo em que apoia a oposição local.
As autoridades americanas descreveram a posse de Maduro como uma “farsa”, ressaltando que as eleições de julho não foram livres nem justas. A comunidade internacional, incluindo o Reino Unido, também se manifestou contra o resultado das eleições, que não foram reconhecidas por muitos países.
Em resposta às críticas, Maduro acusou os EUA de interferência em assuntos internos da Venezuela, afirmando que o governo americano apoia movimentos opositores que visam desestabilizar o país. Ele também ativou um plano militar em todo o território nacional, alegando que há tentativas externas de impedir sua posse.
Enquanto isso, a repressão contra opositores tem se intensificado, com a ONG Foro Penal reportando 49 prisões políticas apenas em janeiro, sendo 42 delas desde o dia 7. A situação política na Venezuela continua tensa, com protestos sendo organizados por grupos opositores que se opõem à legitimidade do governo de Maduro.
O cenário na Venezuela permanece incerto, e a comunidade internacional observa atentamente os desdobramentos da crise política e as reações do governo venezuelano às sanções e recompensas oferecidas pelos EUA.
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