São Paulo registra 21 cidades em emergência devido ao aumento de casos de dengue
O estado de São Paulo confirmou 7.201 casos de dengue na primeira semana de 2025, com um aumento de 9,45% em relação ao ano anterior.
O estado de São Paulo enfrenta um surto de dengue, levando 21 cidades a decretarem situação de emergência em saúde pública. Segundo dados da Secretaria de Saúde do Estado, foram registrados 7.201 casos prováveis da doença na primeira semana epidemiológica de 2025, entre 29 de dezembro de 2024 e 4 de janeiro deste ano.
Esse número representa um aumento de 9,45% em comparação ao mesmo período do ano passado, quando foram contabilizados 6.579 casos. Além disso, há 30 óbitos em investigação relacionados à doença.
As cidades que decretaram emergência incluem Dirce Reis, Espírito Santo do Pinhal, Estrela D’Oeste, Glicério, Guarani D’Oeste, Igaratá, Indiaporã, Jacareí, Marinópolis, Mira Estrela, Ouroeste, Paraibuna, Populina, Potirendaba, Ribeira, Rubineia, São Francisco, São José do Rio Preto, São José dos Campos, Tambaú e Tanabi.
A Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo ainda não declarou emergência na capital, mas intensificou as ações de prevenção. Na última terça-feira (7), a cidade recebeu 100 mil doses de vacina contra a dengue, destinadas à imunização de crianças entre 10 e 14 anos nas Unidades Básicas de Saúde (UBS).
O Ministério da Saúde anunciou a instalação do Centro de Operações de Emergência em Saúde (COE) para Dengue e outras Arboviroses em São Paulo, visando ampliar o monitoramento e a vigilância epidemiológica. Também foi lançado um novo Plano Nacional de Contingência para Dengue, Chikungunya e Zika, que revisa e amplia as estratégias de prevenção e resposta às epidemias de arboviroses.
O aumento significativo de casos de dengue no estado é preocupante, especialmente com a possibilidade de ressurgimento do sorotipo 3 do vírus, que não circulava no Brasil há 17 anos. Embora não tenham sido detectados casos desse tipo no estado, as autoridades de saúde estão em alerta e adotando medidas preventivas.
Além da dengue, o estado também enfrenta um aumento nos casos de chikungunya, que subiram 411,9%, passando de 59 para 302 casos prováveis. O zika vírus também apresentou crescimento, com 173 casos prováveis, um aumento de 49,5% em relação ao ano anterior.
As autoridades de saúde enfatizam a importância da colaboração da população no combate ao mosquito Aedes aegypti, vetor da dengue, chikungunya e zika. A recomendação é que os cidadãos eliminem recipientes que possam acumular água e recebam os agentes de vigilância sanitária que atuam nas residências.
Os sintomas das arboviroses devem ser levados a sério, e a população é orientada a procurar atendimento médico nas unidades de saúde, priorizando aquelas de referência para casos leves e moderados, enquanto o Pronto-Socorro deve ser reservado para situações graves.
Outra medida importante em andamento no estado é a vacinação contra a dengue, com a disponibilização da vacina Qdenga para adolescentes de 10 a 14 anos. A imunização é uma estratégia vital para reduzir o impacto da doença na população.
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