Operação resultou na apreensão de 50 toneladas de produtos adulterados e na prisão de dois homens.
11 de Janeiro de 2025 às 09h33

Polícia Civil desmantela fábrica clandestina de medicamentos em Campinas, SP

Operação resultou na apreensão de 50 toneladas de produtos adulterados e na prisão de dois homens.

A Polícia Civil de São Paulo realizou uma operação na quinta-feira, 9, que culminou no fechamento de uma fábrica clandestina localizada no Jardim Garcia, em Campinas. Durante a ação, foram apreendidas cerca de 50 toneladas de medicamentos, suplementos alimentares, produtos veterinários, cosméticos e insumos químicos que estavam adulterados ou vencidos.

Dois homens, de 36 e 24 anos, foram detidos em flagrante. Um deles atuava como controlador de estoque, responsável pela gestão da entrada e saída de mercadorias, enquanto o outro exercia a função de ajudante geral, colaborando em diversas atividades na fábrica, desde a organização dos produtos até serviços de limpeza.

A Secretaria da Segurança Pública do Estado de São Paulo informou que a investigação estava sendo conduzida por agentes do 11º Distrito Policial da cidade, que monitoravam o galpão onde o esquema de falsificação de produtos operava.

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De acordo com a SSP, “as mercadorias estavam armazenadas de forma irregular. Parte delas possuía rótulos indicando características cancerígenas, tóxicas e corrosivas. Durante as buscas, os agentes também identificaram o descarte inadequado de resíduos industriais sólidos e líquidos, que estavam sendo lançados no solo e em um córrego próximo”.

Além dos produtos, foram recolhidos diversos itens, como frascos e cápsulas vazias, etiquetas, utensílios utilizados para armazenamento, um caderno com anotações sobre a compra e venda de materiais, celulares e balanças de precisão.

Entre os medicamentos apreendidos, muitos estavam sujeitos a controle rigoroso de comercialização, conforme informações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A SSP destacou que “em relação aos produtos corrosivos, foram encontradas quantidades elevadas de ácidos nítrico, clorídrico e sulfúrico. Esses produtos são altamente tóxicos para a pele, olhos, aparelho digestivo e trato respiratório, além de apresentarem risco de explosão em áreas confinadas, especialmente o ácido sulfúrico, o que representa um sério perigo ao meio ambiente”.

O caso foi registrado sob as acusações de falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produtos destinados a fins terapêuticos ou medicinais, além de produção de substâncias tóxicas e outras nocivas à saúde pública, representando perigo à vida ou saúde de terceiros no 11º DP de Campinas. As investigações continuam em busca de identificar outros envolvidos no esquema criminoso.

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